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Estado de Minas PARIS

Fran�a busca respostas ap�s uma semana de dist�rbios violentos


04/07/2023 15:02
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O presidente franc�s, Emmanuel Macron, recebeu, nesta ter�a-feira (4), mais de 300 prefeitos de localidades afetadas pelos dist�rbios da �ltima semana em busca de respostas para a crise provocada pela morte de um jovem, baleado por um policial.

"O retorno � calma ser� duradouro? Serei prudente, mas o pico que observamos nos �ltimos dias j� passou", afirmou Macron no in�cio da reuni�o com os prefeitos, grupo ao qual expressou "apoio e reconhecimento" por suas a��es.

O encontro aconteceu, enquanto parece se confirmar a redu��o dos dist�rbios. Na madrugada desta ter�a-feira, for�as de seguran�a detiveram 72 pessoas, houve danos a 24 edif�cios e 159 ve�culos incendiados, mas nenhum policial ficou ferido.

Os dist�rbios come�aram na ter�a-feira passada (27), ap�s a morte de Nahel, um jovem de 17 anos atingido por um tiro � queima-roupa, disparado por um policial durante uma blitz em Nanterre, sub�rbio de Paris.

Um morador registrou em v�deo o momento da trag�dia.

Desde ent�o, delegacias, escolas e prefeituras foram incendiadas em todo o pa�s, lojas foram saqueadas, e morteiros, lan�ados, contra os agentes das for�as de seguran�a, uma rea��o � morte, que provocou a retomada do debate sobre viol�ncia policial no pa�s.

E o ataque com um carro durante o fim de semana contra a resid�ncia do prefeito de Ha�-les-Roses (ao sul de Paris), o pol�tico de direita Vincent Jeanbrun, tamb�m deixou evidente a crescente viol�ncia enfrentada pelos funcion�rios p�blicos.

- Lei urgente -

Embora a an�lise do cen�rio e a resposta sejam complicadas, Macron j� antecipou aos prefeitos que vai apresentar uma lei urgente para reparar os danos causados e a ajuda financeira para rodovias, pr�dios municipais e escolas.

O governo tamb�m se disse aberto a "cancelar" as cobran�as sociais e fiscais dos com�rcios atacados. A federa��o francesa de seguradoras France Assureurs informou que foram registrados 5.800 sinistros por pessoas f�sicas e jur�dicas.

Para al�m dos danos materiais, a classe pol�tica continua sem chegar a um consenso sobre as causas e como responder � viol�ncia, como constatou o presidente de centro durante a reuni�o com os prefeitos em Paris.

A direita e a extrema direita defendem a linha dura contra os autores dos dist�rbios, enquanto a oposi��o de esquerda tamb�m critica o pol�mico papel desempenhado pela pol�cia nas periferias e a situa��o nestes locais, entre os mais pobres da Fran�a.

"A Rep�blica n�o tem que se desculpar. J� fez muito por esses bairros", disse o prefeito direitista de Meaux (a nordeste de Paris), Jean-Fran�ois Cop�. Seu contraparte de Nanterre, Patrick Jarry (esquerda), avaliou que abordar a miss�o da pol�cia � "inevit�vel".

As primeiras propostas evocadas por Macron durante visita na noite de segunda aos policiais apontam para a primeira op��o. O presidente defendeu "san��es econ�micas" �s fam�lias dos jovens que participarem dos dist�rbios. Na sexta-feira, ele havia pedido aos pais para manterem os filhos em casa.

O ministro da Justi�a, �ric Dupond-Moretti, lembrou ao Minist�rio P�blico a "responsabilidade criminal" daqueles que n�o exercem a autoridade parental, o que pode resultar em penas de at� dois anos de pris�o e multa de 30.000 euros (R$ 156.000, na cota��o atual).

- "Resposta repressiva" -

"Se a solu��o para todos os conflitos sociais � um resposta repressiva do Estado para restabelecer a ordem, muito provavelmente a viol�ncia vai continuar aumentando", disse � AFP o soci�logo Denis Merklen, especialista em protestos nos sub�rbios.

Este professor da Universidade Sorbonne Nouvelle explicou que, h� mais de 40 anos, os moradores destes bairros se sentem "menosprezados" e que, "se n�o se rebelam, chamam muito pouca aten��o da imprensa".

A viol�ncia e a revolta dos jovens dos bairros populares remetem aos dist�rbios que abalaram o pa�s em 2005, depois que dois adolescentes morreram eletrocutados quando fugiam da pol�cia em um bairro do sub�rbio de Paris.

Desde a ter�a-feira passada, 3.486 pessoas foram detidas; 12.202 ve�culos, incendiados; 1.105 edif�cios, danificados, assim como 209 postos da pol�cia, ou da gendarmeria, segundo o balan�o mais recente do Minist�rio do Interior.


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