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Estado de Minas PARIS

Carlos Ghosn � alvo de nova ordem de pris�o na Fran�a


04/07/2023 16:34
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Um juiz de instru��o franc�s emitiu, em abril, nova ordem de pris�o internacional contra o brasileiro Carlos Ghosn, que mora no L�bano, em uma investiga��o sobre contratos aprovados por uma filial da empresa Renault-Nissan, que ele dirigia, informou, nesta ter�a-feira (4), uma fonte pr�xima ao caso.

Esta ordem de pris�o foi emitida porque o ex-diretor-executivo da companhia, que tamb�m tem nacionalidades francesa e libanesa, n�o atendeu a uma convoca��o para se apresentar � justi�a em 19 de maio de 2022 por suspeitas de corrup��o.

"Carlos Ghosn n�o pode deixar o L�bano. As autoridades libanesas o proibiram de deixar o pa�s por causa da acusa��o japonesa. Ele n�o pode, portanto, responder a convoca��es para se apresentar na Fran�a", disseram � AFP L�on Del Forno e Martin Reynaud, advogados do ex-CEO.

"Assim, este mandado de pris�o n�o � nada mais, nada menos do que uma tentativa dos magistrados de continuar com sua investiga��o, j� que n�o podem indiciar Carlos Ghosn", explicaram.

At� hoje, Ghosn foi alvo de tr�s ordens de pris�o, duas na Fran�a.

A primeira foi emitida pela justi�a japonesa, que deveria julg�-lo por desvio de fundos. O ex-executivo de 69 anos mora no L�bano desde sua fuga cinematogr�fica do Jap�o, no fim de 2019.

A segunda foi emitida por um juiz de instru��o de Nanterre (perto de Paris) em abril de 2022, em um processo judicial aberto por abuso de ativos corporativos e lavagem de dinheiro organizada com a distribuidora Suhail Bahwan Automobiles (SBA), de Om�.

E a terceira, emitida agora em Paris. Esta ordem de pris�o internacional pode ser o �ltimo ato de uma investiga��o judicial aberta em 10 de julho de 2019 por corrup��o, corrup��o de agente de uma organiza��o p�blica internacional, tr�fico de influ�ncia, abuso de ativos corporativos e recepta��o.

Encerradas as investiga��es, o Minist�rio P�blico das Finan�as franc�s ter� que apresentar o seu requerimento e o juiz de instru��o determinar� se haver� ou n�o julgamento.

- "Trabalho jur�dico" -

No processo atual, as suspeitas s�o sobre uma quantia de 900 mil euros paga a Rachida Dati, advogada e pol�tica de direita, pela RNBV, subsidi�ria holandesa da Renault-Nissan, quando Carlos Ghosn era o CEO da empresa.

Dati, ex-ministra da Justi�a e hoje prefeita do 7� distrito parisiense, recebeu esses valores como honor�rios como advogada entre 2010 e 2012, enquanto ela tamb�m foi deputada no Parlamento Europeu entre 2009 e 2019.

O montante pago equivale a 2,4 milh�es de reais em valores de 2012.

A Justi�a quer saber se os valores correspondem a atividades pontuais ou se serviram para mascarar um lobby no Parlamento Europeu, o que � proibido a qualquer representante eleito.

A ex-ministra, que contesta as acusa��es e considera o caso prescrito, � acusada desde julho de 2021 de corrup��o e tr�fico de influ�ncia.

"A entrada processual de Carlos Ghosn nos autos permitir� trazer a verdade � tona", disseram � AFP Olivier Baratelli e Olivier Pardo, advogados de Dati.

"Ser� solicitada uma acarea��o entre Rachida Dati e Carlos Ghosn, o que permitir� compreender que se trata de um advogada competente, rigorosa, que foi contratada para fazer um trabalho jur�dico espec�fico em benef�cio da Renault", acrescentaram.

"Carlos Ghosn j� respondeu h� dois anos ao conjunto das quest�es sobre este tema, quando os magistrados [encarregados] dos casos de Paris e Nanterre foram interrog�-lo em Beirute, em 2021" no contexto de uma coopera��o criminal internacional, afirmou a defesa do ex-executivo.

Carlos Ghosn � suspeito de ter montado, entre 2012 e 2017, um esquema de lavagem de dinheiro e corrup��o com quatro encarregados da distribuidora automobil�stica omani Suhail Bahwan Automobiles (SBA), sobre os quais tamb�m h� ordem de pris�o.

Ghosn contesta as acusa��es.


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