Threads, que entrou em opera��o na quarta-feira (5) �s 20H00 (hor�rio de Bras�lia) em 100 pa�ses e que funciona no momento sem an�ncios publicit�rios, � a maior amea�a at� o momento contra o Twitter, que pertence a Elon Musk, que enfrenta problemas por diversos motivos.
"Vamos l�. Bem-vindos a Threads", escreveu Zuckerberg, em sua conta na nova plataforma. Pouco depois, ele anunciou que "10 milh�es de pessoas se inscreveram em sete horas".
O CEO da Meta respondeu as d�vidas de v�rias pessoas nas primeiras horas de funcionamento da plataforma, que teve o lan�amento antecipado de quinta-feira para quarta-feira.
"Uma coisa importante � o n�mero de lutadores campe�es mundiais de MMA (sigla em ingl�s para Artes Marciais Mistas) no Threads", escreveu o lutado americano Jon Jones.
Em sua primeira mensagem no Twitter em mais de uma d�cada, Zuckerberg postou o meme do Homem-Aranha apontando outro Homem-Aranha, em uma aparente refer�ncia �s semelhan�as entre as duas redes sociais.
No Threads, ele escreveu: "Vai levar algum tempo, mas acho que deveria haver um aplicativo de conversas p�blicas com mais de 1 bilh�o de pessoas. O Twitter teve a oportunidade de fazer isso, mas n�o conseguiu. Espero que n�s consigamos".
Na App Store, a plataforma aparece descrita como "o aplicativo de rede social baseado em texto do Instagram", uma apresenta��o que, adicionada �s imagens, parece semelhante ao Twitter.
"Esperamos que [a Threads] possa ser uma plataforma aberta e acolhedora para o debate", escreveu o CEO do Instagram, Adam Mosseri. "Se isso � o que voc� tamb�m quer, o melhor � ser am�vel".
"Threads � onde as comunidades se juntam para discutir tudo, desde os temas que nos preocupam hoje aos que ser�o tend�ncia amanh�", diz a descri��o do aplicativo.
O lan�amento da Threads acontece apenas quatro meses depois que vazaram os primeiros rumores sobre o projeto.
"Estamos pensando em uma rede social independente e descentralizada para compartilhar mensagens de texto em tempo real", afirmou o grupo em um comunicado enviado � AFP na ter�a-feira.
- Um eventual rev�s para o Twitter -
A Meta n�o fez uma comunica��o formal sobre o lan�amento da plataforma, que acontece poucos dias depois de uma nova pol�mica relacionada ao Twitter.
No s�bado, o principal acionista da rede do p�ssaro azul, Elon Musk, anunciou a imposi��o de um limite na quantidade de visualiza��es acess�veis aos usu�rios que n�o caiu nada bem entre tuiteiros, desenvolvedores e anunciantes.
A decis�o faz parte de uma s�rie de mudan�as que o magnata tem implementado na plataforma e que foram mal recebidas, como as novas regras para perfis verificados mediante assinatura e a demiss�o de quase todo o pessoal dedicado � modera��o de conte�do.
Al�m disso, na segunda-feira, o Twitter anunciou que a extens�o TweetDeck, bastante popular entre usu�rios mais ass�duos e empresas, apenas seria acess�vel atrav�s do plano de assinatura.
Por ora, a Meta optou por n�o oferecer a Threads aos residentes da Uni�o Europeia, at� que se esclare�am as implica��es para a empresa e seus produtos com base no novo Regulamento de Mercados Digitais (DMA, na sigla em ingl�s), que entrou em vigor no in�cio de maio, segundo uma fonte familiarizada com o tema.
O DMA busca impor regras espec�ficas para as empresas essenciais de internet, sobretudo a Meta, para evitar pr�ticas anticompetitivas.
N�o obstante, o grupo de Menlo Park (Calif�rnia) pretende, no longo prazo, lan�ar a Threads na Uni�o Europeia, em uma data ainda por definir, indicou uma fonte pr�xima do tema.
- Plataforma de decolagem -
A Meta n�o esconde sua estrat�gia para que seu aplicativo rec�m-lan�ado cres�a rapidamente, pois, desde o primeiro momento, decidiu apresent�-la como um bra�o de Instagram, que � "o produto mais bem sucedido da fam�lia Meta", afirma Pinar Yildirim, professora de marketing da Wharton School da Universidade da Pensilv�nia.
"N�o podiam associar este novo produto com o Facebook, porque esse nome j� n�o agrada ningu�m".
Com mais de dois bilh�es de usu�rios ativos, o Instagram oferece � Threads uma plataforma de decolagem com a qual sonhariam os competidores menores do Twitter, como Mastodon e Bluesky, ou as redes preferidas dos ultraconservadores como Truth Social, Speak, Gettr e Gab.
Assim, a Threads permite aos usu�rios do Instagram se autenticarem diretamente se j� possuem um perfil para publicar conte�do na nova plataforma.
"A equa��o � simples: se um usu�rio do Instagram com uma quantidade significativa de seguidores, como [Kim] Kardashian, [Justin] Bieber ou [Lionel] Messi come�ar a publicar na Threads com regularidade, a nova plataforma pode crescer rapidamente e acredito que os or�amentos publicit�rios v�o seguir pelo mesmo caminho no curto prazo", escreveu o analista Brian Wieser da Substack.
Algumas celebridades j� pareciam contar com perfis na Threads na hora do lan�amento, entre elas a cantora Shakira, a modelo Karlie Kloss e o ator Jack Black.
Esta tend�ncia pode ser ainda mais preocupante para o Twitter, pois a companhia baseada em San Francisco viu suas receitas com publicidade evaporarem desde a chegada de Elon Musk.
Em rela��o aos dados pessoais dos usu�rios coletados pela Threads, a descri��o indica que ser�o coletados, entre outros, os contatos e a geolocaliza��o, que ser�o utilizados com fins publicit�rios.
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