Ataques israelenses no sul do L�bano ap�s 'disparo' contra Israel

O ex�rcito israelense executou v�rios ataques no sul do L�bano nesta quinta-feira (6) para responder a um lan�amento de morteiro, um novo incidente entre esses dois pa�ses que tecnicamente ainda est�o em guerra.

Os disparos aconteceram na �rea de fronteira entre o L�bano e o territ�rio s�rio de Gol�, ocupado e anexado por Israel.

"Um disparo foi executado do territ�rio liban�s que explodiu pr�ximo � fronteira em territ�rio israelense", afirmou o ex�rcito em um comunicado, que pouco depois especificou � AFP que foi um disparo de morteiro.

"Em resposta, o Ex�rcito est� atacando a �rea de onde o disparo foi executado", acrescentou o comunicado.

No L�bano, a ag�ncia oficial de not�cias Ani informou que "um bombardeio israelense acontece neste momento nos arredores da localidade de Kfarchuba", na fronteira.

Segundo esta fonte, mais de 15 disparos de obuses de calibre 155 mm foram registrados.

O incidente ocorre tr�s meses depois do confronto mais grave entre os dois pa�ses nos �ltimos anos, ap�s ataques com foguetes do L�bano contra Israel.

Tamb�m coincide com uma vasta opera��o militar israelense no territ�rio palestino da Cisjord�nia, ocupado por Israel h� 56 anos.

- Muro de concreto -

Antes do ataque, o movimento liban�s Hezbollah havia denunciado nesta quinta-feira a decis�o israelense de construir um muro ao redor da vila de Ghajar, abrangendo a parte ocupada por Israel do Gol� s�rio e do L�bano.

Ap�s a retirada israelense do sul do L�bano em 2000, que p�s fim a 22 anos de ocupa��o, a ONU estabeleceu a fronteira entre os dois pa�ses.

Esta linha coloca a parte norte de Ghajar no L�bano e a parte sul na parte do Gol� anexada e ocupada por Israel.

O Hezbollah denunciou em comunicado a instala��o de "uma cerca de arame farpado e a constru��o de um muro de concreto ao redor de toda a cidade", que agora "separa esta aldeia de seu entorno natural e hist�rico dentro do territ�rio liban�s".

Segundo o movimento liban�s, trata-se de "uma ocupa��o total da parte libanesa da cidade de Ghajar pela for�a das armas e a imposi��o de um fato consumado" e pediu �s autoridades e aos libaneses que "tomem medidas para impedir a consolida��o desta ocupa��o".

A diplomacia libanesa denunciou na ter�a-feira a tentativa de Israel de anexar a parte norte de Ghajar e denunciou "s�rios ataques � estabilidade e ao 'status quo'", assim como uma "viola��o flagrante da resolu��o 1701 do Conselho de Seguran�a da ONU", adotada depois da guerra entre Israel e Hezbollah em 2006.

A For�a Provis�ria das Na��es Unidas no L�bano (Fpnul), destacada no sul do pa�s para garantir a manuten��o da tr�gua com Israel, exortou as partes nesta quinta-feira a "exercerem modera��o e evitarem qualquer a��o que possa provocar uma nova escalada".

O movimento pr�-iraniano Hezbollah, criado ap�s a invas�o israelense do L�bano em 1982, � a �nica forma��o libanesa que mant�m suas armas desde o fim da guerra civil (1975-1990), em nome da "resist�ncia" contra Israel.

Em maio, o movimento organizou suas maiores manobras em anos no sul do L�bano, revelou que possui armas pesadas e simulou ataques em solo israelense, segundo jornalistas da AFP no local.