O aplicativo, lan�ado �s 23h GMT de ontem em 100 pa�ses e que funciona sem an�ncios publicit�rios, � a maior amea�a at� o momento ao Twitter, de propriedade de Elon Musk, enfraquecido por diversos motivos.
"Vamos l�. Bem-vindos ao Threads", publicou Zuckerberg em seu perfil, ao lan�ar a plataforma. "Uau, 30 milh�es de contas" comemorou nesta quinta-feira. "Diria que estamos diante de algo excepcional, mas ainda temos muito trabalho pela frente para construir o aplicativo".
Mais cedo, ele havia desafiado Musk: "Vai levar algum tempo, mas acredito que deveria haver uma plataforma de conversas p�blicas com mais de 1 bilh�o de pessoas. O Twitter teve a oportunidade de fazer isso, mas n�o conseguiu. Espero que consigamos."
Em seu primeiro tu�te em mais de uma d�cada, Zuckerberg publicou um meme em que se v� o "Homem-Aranha" apontando para outro Homem-Aranha, em uma aparente refer�ncia �s semelhan�as entre as duas redes sociais.
"Esperamos que o Threads possa ser uma plataforma aberta e acolhedora para o debate", publicou o CEO do Instagram, Adam Mosseri. "Se isso � o que voc� tamb�m quer, o melhor � ser am�vel".
A rea��o de Musk ao lan�amento do Threads veio com uma amea�a de processo. Em carta dirigida a Mark Zuckerberg, divulgada hoje pelo site de not�cias Semafor, o advogado de Musk, Alex Spiro, acusa a empresa de "apropria��o indevida ilegal dos segredos comerciais do Twitter e outras propriedades intelectuais".
A carta acusa a Meta de contratar dezenas de ex-funcion�rios da empresa de Musk, que "tinham e ainda t�m acesso aos segredos comerciais do Twitter e a outras informa��es altamente confidenciais".
- Eventual rev�s -
A Meta n�o havia feito uma comunica��o formal sobre o lan�amento da plataforma, que acontece dias ap�s uma nova pol�mica relacionada ao Twitter. No �ltimo s�bado, Musk, principal acionista da rede do p�ssaro azul, anunciou um limite na quantidade de visualiza��es acess�veis aos usu�rios, que n�o caiu nada bem entre os mesmos, os desenvolvedores e os anunciantes.
A decis�o faz parte de uma s�rie de mudan�as que o magnata tem implementado na plataforma e que foram mal recebidas, como as novas regras para perfis verificados mediante assinatura e a demiss�o de quase todo o pessoal dedicado � modera��o de conte�do.
Al�m disso, na segunda-feira, o Twitter anunciou que a extens�o TweetDeck, bastante popular entre usu�rios mais ass�duos e empresas, apenas seria acess�vel atrav�s do plano de assinatura.
Por ora, a Meta optou por n�o oferecer a Threads aos residentes da Uni�o Europeia, at� que se esclare�am as implica��es para a empresa e seus produtos com base no novo Regulamento de Mercados Digitais (DMA, sigla em ingl�s), que entrou em vigor no come�o de maio, segundo uma fonte familiarizada com o tema. O DMA busca impor regras espec�ficas para as empresas essenciais de internet, sobretudo a Meta, para evitar pr�ticas anticompetitivas.
- Plataforma de decolagem -
A Meta n�o esconde sua estrat�gia para que o aplicativo rec�m-lan�ado cres�a rapidamente, pois, desde o primeiro momento, decidiu apresent�-lo como um bra�o do Instagram, que � "o produto mais bem-sucedido da fam�lia Meta", disse Pinar Yildirim, professora de marketing na Escola Wharton da Universidade da Pensilv�nia. "N�o podiam associar o novo produto ao Facebook, porque este nome j� n�o agrada a ningu�m".
Com mais de 2 bilh�es de usu�rios ativos, o Instagram oferece ao Threads uma plataforma de decolagem, com a qual sonhariam os competidores menores do Twitter, como Mastodon e Bluesky, ou as redes preferidas dos ultraconservadores como Truth Social, Speak, Gettr e Gab.
Assim, a Threads permite aos usu�rios do Instagram se autenticarem diretamente se j� tiverem um perfil para publicar conte�do na nova plataforma.
"A equa��o � simples: se um usu�rio do Instagram com uma quantidade significativa de seguidores, como [Kim] Kardashian, [Justin] Bieber ou [Lionel] Messi come�ar a publicar na Threads com regularidade, a nova plataforma pode crescer rapidamente e acredito que os or�amentos publicit�rios v�o seguir pelo mesmo caminho no curto prazo", escreveu o analista Brian Wieser da Substack.
Nesta quinta-feira, j� se observavam contas ativas no Threads de celebridades como Jennifer Lopez, Shakira, Hugh Jackman e Jack Black, e de ve�culos como o The Washington Post e The Economist.
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