Os pre�os da maior economia da Am�rica do Sul ca�ram 0,08% em junho, segundo o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
Junho deste ano apresentou a menor taxa de infla��o desde 2017 - quando o �ndice ficou negativo em 0,23% - e mostrou, pelo d�cimo segundo m�s consecutivo, que a alta de pre�os no Brasil est� desacelerando.
No acumulado em 12 meses, o dado � o menor desde setembro de 2020 (3,14%).
A desacelera��o da infla��o levou o acumulado em 12 meses, de 3,94% em maio passado, para 3,16% em junho.
Diante deste cen�rio, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva pressionou o Banco Central (BCB) para que reduza a taxa Selic, atualmente entre as mais altas do mundo (13,75%).
A desacelera��o em junho foi impulsionada pelo resultado do setor de alimentos e bebidas, que registrou queda (-0,66%) e representa o maior peso no �ndice, e o de transportes, tamb�m com defla��o (-0,41%) impactada pela redu��o dos pre�os de combust�veis f�sseis.
A maior alta ocorreu na habita��o (0,69%), impulsionada pelos reajustes no pre�o da energia el�trica residencial em quatro grandes cidades do pa�s.
O mercado brasileiro melhorou suas expectativas nas �ltimas semanas e projeta que o pa�s encerrar� 2023 com infla��o de 4,95%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central divulgada na sexta-feira.
O dado de junho est� alinhado com o esperado pelo mercado.
O governo Lula refor�ou as cr�ticas � autoridade monet�ria por uma pol�tica que encarece o cr�dito para empresas e fam�lias e, segundo a abordagem do presidente, impede o crescimento.
"A infla��o est� caindo e logo, logo vai come�ar a cair a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central � teimoso, � tinhoso, mas n�o tem mais explica��o", disse Lula nesta ter�a-feira, durante uma live no Youtube publicada em seu canal oficial.
Os bancos e as principais institui��es financeiras do pa�s esperam que o BCB inicie uma redu��o gradual da Selic, que deve encerrar o ano em 12%.
"Os n�meros de junho mantiveram a desacelera��o dos �ltimos meses - vemos um cen�rio inflacion�rio mais benigno. Eles podem ajudar positivamente o cen�rio do Banco Central e, caso a evolu��o dos dados continue nessa trajet�ria, � poss�vel termos o in�cio do ciclo de cortes de juros em agosto", disse o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.
RIO DE JANEIRO