"A nova data para a execu��o foi remarcada para 13 de janeiro de 2027", indica um comunicado do governador de Ohio, Mike DeWine, que baseia sua decis�o nos "problemas de vontade dos fornecedores farmac�uticos para proporcionar drogas ao Departamento de Reabilita��o e Corre��o de Ohio".
Em abril, DeWine j� tinha adiado para 2026, pelas mesmas raz�es, as execu��es previstas para agosto, setembro e outubro deste ano. Desde 2018, o estado n�o realizou nenhuma execu��o da pena capital.
Um n�mero crescente de empresas farmac�uticas tem se recusado a fabricar a inje��o letal que � administrada nos condenados � morte.
LaMar, de 54 anos, foi condenado � pena capital pelo homic�dio de cinco detentos e um agente penitenci�rio em um motim em abril de 1993 na pris�o onde j� cumpria pena. Segundo ele, seu julgamento esteve repleto de irregularidades como a destrui��o de provas e oculta��o de informa��o que o inocentava.
Este afro-americano, que sempre negou sua culpabilidade nas mortes, passou a maior parte dos �ltimos 30 anos aguardando a execu��o em isolamento em um pres�dio de seguran�a m�xima em Ohio.
"Tr�s anos podem passar num piscar de olhos, por isso redobremos nossos esfor�os, nossa energia para resolver at� o fim esta loucura de uma vez por todas", disse LaMar em uma mensagem enviada � AFP, na qual agradeceu aos que o apoiaram e incutiram nele "a f� e a cren�a de que coisas melhores ainda s�o poss�veis".
Preso desde os 19 anos pelo homic�dio de um velho amigo por uma disputa envolvendo drogas na d�cada de 1980, LaMar garante que, depois do motim, as autoridades penitenci�rias lhe pediram que delatasse os respons�veis em troca de uma redu��o de pena, o que ele se negou a fazer.
LaMar, que escreveu um livro contando sua hist�ria e clamando sua inoc�ncia, lutou pela reabertura de seu caso e para que tivesse um julgamento justo.
"Quando voc� � pobre e preto em um pa�s racista, voc� � um pobre condenado", disse ele em uma entrevista � AFP do corredor da morte no ano passado.
Nos dois �ltimos anos, ocorreram reviravoltas em seu caso. Al�m de uma equipe de advogados tentar reabrir o processo, um grupo de m�sicos de jazz - a m�sica que o salvou nos confins de sua solid�o - realizam uma campanha para exigir "Justi�a para Keith LaMar".
Por meio de um telefone no corredor da morte, LaMar gravou um disco com a banda do espanhol Albert Marqu�s e participou de numerosos shows que o conjunto realizou em pa�ses como Espanha, Fran�a, Chile e em diversas cidades dos Estados Unidos, como mais um integrante do grupo.
"Que continuemos pedindo justi�a, estamos quase l�", diz LaMar em sua mensagem de esperan�a.
NOVA YORK