As negocia��es sobre o clima entre os dois maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo foram suspensas no ano passado depois que Nancy Pelosi, ent�o presidente da C�mara de Representantes, irritou Pequim com uma visita a Taiwan, que a China considera parte de seu territ�rio.
Kerry se reuniu com seu hom�logo chin�s, Xie Zhenhua, em Pequim nesta segunda-feira e os dois conversaram por cerca de quatro horas, informou a emissora estatal CCTV.
Ambos os pa�ses "precisam tomar medidas urgentes em v�rias frentes, especialmente nos desafios da polui��o por carv�o e metano", escreveu Kerry em um tu�te ap�s as negocia��es.
"A crise clim�tica exige que as duas maiores economias do mundo trabalhem juntas para limitar o aquecimento global", acrescentou.
De sua parte, a China afirmou que trabalhar� com os Estados Unidos para "o bem-estar das gera��es atuais e futuras", disse a porta-voz do Minist�rio das Rela��es Exteriores, Mao Ning.
No domingo, o conselheiro de seguran�a nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse � CNN que Kerry pressionaria Pequim a n�o "se esconder atr�s de qualquer tipo de alega��o de que � um pa�s em desenvolvimento" para conter os esfor�os para reduzir as emiss�es.
A China h� muito tempo usa seu status oficial de pa�s em desenvolvimento para justificar suas altas emiss�es e Sullivan disse que "h� muito trabalho a ser feito nessa frente".
- Esfor�os coordenados -
A viagem de Kerry ocorre ap�s duas outras visitas de autoridades dos EUA � China: o secret�rio de Estado, Antony Blinken, e a secret�ria do Tesouro, Janet Yellen, em busca de estabilizar as rela��es diplom�ticas.
A quest�o do clima � central e a visita de Kerry coincide com uma onda de calor no Hemisf�rio Norte. A China registrou uma temperatura de 52,2�C no domingo na regi�o de Xinjiang (oeste), um recorde para meados de julho.
"A visita de Kerry e a retomada das negocia��es clim�ticas destacam a import�ncia cr�tica dos esfor�os coordenados para enfrentar a crise clim�tica", disse Chunping Xie, pesquisador do Grantham Research Institute on Climate Change and the Environment, � AFP, garantindo que � um sinal da "determina��o compartilhada de conduzir uma rela��o geopol�tica complexa para promover o bem comum".
A China, principal emissor de gases de efeito estufa respons�veis pelas mudan�as clim�ticas, se comprometeu a atingir o pico de emiss�es de carbono at� 2030 e a total neutralidade de carbono at� 2060.
O presidente chin�s, Xi Jinping, tamb�m afirmou que a China reduzir� seu uso de carv�o a partir de 2026. No entanto, o governo aprovou uma decis�o contr�ria em abril e levantou temores de que n�o cumprir� com seus objetivos.
"Em termos de resultados concretos, espero que se possa avan�ar pelo menos no plano do metano", disse � AFP Lauri Myllyvirta, analista principal do Centre for Research on Energy and Clean Air.
O acordo do metano � um dos novos acordos alcan�ados entre os dois pa�ses em uma declara��o conjunta ap�s as negocia��es clim�ticas de 2021 em Glasgow, no Reino Unido, disse Myllyvirta, embora a China n�o tenha feito progresso significativo desde ent�o.
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