Suspeito confessa participa��o no assassinato de Marielle Franco

Um dos suspeitos do assassinato da ativista e vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, confessou sua participa��o no crime ap�s chegar a um acordo com as autoridades, disse o ministro da Justi�a, Fl�vio Dino (PSB), nesta segunda-feira (24).

Negra, defensora das minorias, cr�tica da pol�cia e nascida no Complexo da Mar�, Marielle foi assassinada a tiros ao lado de seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de mar�o de 2018, quando tinha 38 anos.

Nos �ltimos meses, as autoridades conseguiram "novas provas" que confirmam a participa��o das pessoas presas pela investiga��o no crime, os ex-policiais Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz, disse Dino, em coletiva de imprensa, em Bras�lia.

"Em raz�o dessas provas colhidas, n�s tivemos a dela��o, a colabora��o premiada do Elcio. Nessa colabora��o premiada, ele confirma sua pr�pria participa��o, confirma a participa��o de Ronnie Lessa", disse o ministro.

Acusados respectivamente de efetuar os disparos e dirigir o carro no qual perseguiram a vereadora na sa�da de uma reuni�o de trabalho, Lessa e Queiroz foram presos em mar�o de 2019 e permanecem atr�s das grades � espera de julgamento.

A dela��o de Queiroz levou a Pol�cia Federal a prender, nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, outro suspeito, o ex-bombeiro Maxwell Sim�es Correa. Al�m da pris�o dele, sete ordens de busca e apreens�o foram cumpridas no Rio.

O ex-bombeiro teve um papel na "vigil�ncia" de Marielle e depois no encobrimento do assassinato, disse Dino.

O ministro afirmou que a dela��o do ex-policial fecha uma fase inicial da investiga��o relativa � execu��o do crime e destacou sua "esperan�a" de que os novos elementos "conduzir�o aos mandantes".

Segundo Dino, existe um v�nculo "forte" entre esse assassinato e a "atua��o das mil�cias" do Rio.

Militante do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Marielle defendia com firmeza os direitos dos jovens negros, das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e era muito cr�tica � viol�ncia policial nas favelas do Rio.

Foi a quinta vereadora mais votada da capital nas elei��es municipais de 2016, com mais de 46 mil votos e inspirou in�meras candidaturas de mulheres negras a n�vel municipal, estadual e federal.

Sua irm�, Anielle Franco, � ministra da Igualdade Racial do atual governo Lula.

"Reafirmo minha confian�a na condu��o da investiga��o pela PF e repito a pergunta que fa�o h� 5 anos: quem mandou matar Marielle e por qu�?", disse a ministra em sua conta no Twitter.