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Estado de Minas ALEGA��O DE PORNOGRAFIA

Movimento LGBTQIA+ reage � pris�o de 33 pessoas em sauna-bar na Venezuela

Segundo algumas vers�es, a corpora��o teria agido ap�s denunciarem, por meio de uma chamada an�nima, que no local ocorria sexo grupal


27/07/2023 20:40 - atualizado 27/07/2023 20:47
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Imagem ilustrativa: homem solitário em sauna com arco-iris ao lado
'Ser homossexual n�o � delito', afirmou a m�e de um dos detidos, em frente ao Pal�cio de Justi�a do Estado de Carabobo, onde se juntaram manifestantes nesta quarta (foto: Pexels)
No �ltimo domingo (23/7), a pol�cia venezuelana prendeu 33 homens que estavam em um local que funcionava como sauna e bar LGBT+ em Valencia, no norte do pa�s e a duas horas da capital, Caracas. A a��o no Avalon Club -segundo meios locais, sem ordem judicial-- foi seguida da exposi��o de fotografias e documentos de identidade dos presos.

 

Segundo algumas vers�es, a corpora��o teria agido ap�s denunciarem, por meio de uma chamada an�nima, que no local ocorria sexo grupal. A Pol�cia Nacional Bolivariana afirma que os frequentadores se gravavam e pretendiam comercializar material pornogr�fico. 

 

 

Os presos, que tem entre 21 e 57 anos, foram apresentados a um juiz apenas na quarta-feira (26/7), tr�s dias depois da deten��o e ap�s um adiamento da audi�ncia - demora que � um padr�o do regime. S� nesse momento se soube que os homens estavam sendo acusados, entre outros delitos, de polui��o sonora e atentado ao pudor. O �ltimo, segundo o c�digo penal, seria crime apenas se cometido em p�blico, o que n�o foi o caso no �ltimo domingo.

 

As alega��es das autoridades foram rapidamente rebatidas por ONGs, ativistas e familiares dos afetados. "Ser homossexual n�o � delito", afirmou a m�e de um dos detidos, em frente ao Pal�cio de Justi�a do Estado de Carabobo, onde se juntaram manifestantes nesta quarta. A Anistia Internacional da Venezuela disse que "33 pessoas foram acusadas de homossexualidade, em 2023". De acordo com o Observat�rio de Viol�ncias LGBTIQ+, funcion�rios do governo tentaram extorquir familiares dos presos.

 

"A deten��o de pessoas LGBT+ � um vest�gio de quando as pessoas LGBT+ eram criminalizadas nas d�cadas de 1960, 1970 e 1980. � algo que n�o deveria acontecer, j� que ser LGBT+ n�o � crime", afirmou a organiza��o.

 

J� a ONG Provea (Programa de Educa��o em Direitos Humanos A��o), segundo a qual o governo havia se comprometido com a erradica��o de toda pr�tica discriminat�ria contra a comunidade LGBT+, afirmou que o epis�dio inicia uma nova investida contra a comunidade na Venezuela. "Esse � um precedente que pode marcar um novo cap�tulo de medo e pris�o para este grupo vulner�vel, que j� enfrenta discursos de �dio e estigmatiza��o de v�rios grupos e autoridades", afirmou a ONG.

 

Na quarta-feira, 30 dos presos foram liberados --o dono do local e dois massagistas seguem presos e devem apresentar fiadores para a sua libera��o.

 

A opera��o acontece no mesmo momento em que o ditador venezuelano, Nicol�s Maduro, estreita suas rela��es com as igrejas evang�licas locais em mais uma estrat�gia para se manter no poder. Apesar disso, em mar�o, o Tribunal Supremo de Justi�a (TSJ) da Venezuela anulou um controverso artigo do C�digo da Justi�a Militar que previa pris�o de um a tr�s anos para os integrantes das For�as Armadas que realizassem atos homossexuais.

 

N�o se sabe quantos militares foram condenados pelo crime --ao menos um caso foi registrado em 2013. No entanto, segundo relatos de organiza��es que defendem os direitos LGBT+ no pa�s, o dispositivo era evocado com frequ�ncia por oficiais para constranger gays e l�sbicas dentro da organiza��o.

 

A decis�o foi considerada uma vit�ria por movimentos LGBT+ na Venezuela. A ditadura era um dos poucos pa�ses da Am�rica Latina que penalizava rela��es entre pessoas do mesmo sexo, ainda que no �mbito circunscrito das For�as Armadas.

 


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