A secret�ria do Tesouro, Janet Yellen, criticou a decis�o da ag�ncia de classifica��o de cr�dito de rebaixar a nota da d�vida dos Estados Unidos para AA+, afirmando que � "injustificada".
Segundo Yellen, a avalia��o da ag�ncia n�o condiz com o atual vigor da maior economia mundial.
"A decis�o da Fitch � surpreendente considerando o vigor da economia que vemos nos Estados Unidos. Discordo profundamente da decis�o da Fitch e acho que � totalmente injustificada", declarou Yellen durante uma visita a um centro tribut�rio em McLean, Virg�nia.
"A avalia��o � baseada em dados desatualizados e n�o reflete as melhorias em muitos indicadores, incluindo os de governan�a, que observamos nos �ltimos dois anos e meio desde que Biden assumiu a Casa Branca", argumentou a secret�ria do Tesouro.
"A decis�o da Fitch n�o muda nada do que todos sabemos: os t�tulos do Tesouro s�o o principal ativo seguro e l�quido do mundo, e a economia dos Estados Unidos possui fundamentos s�lidos", enfatizou, reiterando palavra por palavra suas declara��es de ter�a-feira.
A decis�o da Fitch n�o pegou o governo de surpresa: no final de maio, durante a batalha entre governo e oposi��o no Congresso para aumentar o limite da d�vida do pa�s e evitar um calote, a ag�ncia alertou que poderia revisar a classifica��o AAA para baixo.
Ap�s o acordo alcan�ado no �ltimo momento entre os dois partidos, a ag�ncia declarou que estava monitorando a nota e criticou, por fim, a "polariza��o pol�tica" no pa�s.
Questionado pela CNBC nesta quarta-feira, o respons�vel pela Fitch para as Am�ricas, Richard Francis, justificou novamente a decis�o. "Um dos pontos importantes para n�s � o fato de que os governos, de ambos os lados, republicanos e democratas, n�o foram capazes de encontrar solu��es duradouras para resolver os crescentes problemas fiscais".
"Observamos um decl�nio bastante constante na governan�a ao longo das �ltimas d�cadas", enfatizou. Isso � ilustrado pela "resolu��o sempre pendente da quest�o do teto da d�vida".
Os Estados Unidos precisam resolver a recorr�ncia dos problemas relacionados ao limite de endividamento e encontrar solu��es "de longo prazo" se quiserem recuperar o rating AAA, concluiu o respons�vel da Fitch.
- Futuro pr�ximo -
A situa��o or�ament�ria dos Estados Unidos n�o parece melhorar, de acordo com a Fitch, que prev� d�ficits elevados e persistentes nos pr�ximos dois anos.
"Esperamos um aumento no d�ficit fiscal nos pr�ximos tr�s anos", afirmou Francis.
A ag�ncia manteve est�vel a perspectiva para a classifica��o de cr�dito da maior economia do mundo, o que significa que n�o prev� novos cortes na nota no curto prazo.
Para avaliar a solv�ncia de pa�ses, estados ou empresas, as tr�s principais ag�ncias de classifica��o de risco do mundo - S&P; Global, Fitch e Moody's - utilizam escalas de letras ou notas, que variam de AAA, considerada acima de qualquer risco, a C ou D, que indicam poss�veis inadimpl�ncias.
As avalia��es s�o feitas analisando par�metros como crescimento econ�mico, endividamento, d�ficit, gastos, receitas fiscais, e servem como guia para os investidores.
Isso tamb�m significa que quanto mais baixa for a nota atribu�da, maiores ser�o os juros que os investidores exigir�o para emprestar dinheiro a um pa�s ou empresa, pois sua d�vida ser� considerada de maior risco.
Em 2011, a S&P; Global retirou dos Estados Unidos sua nota AAA ap�s uma extensa disputa no Congresso sobre o limite de endividamento, mas a Moody's, que possui registros desde 1949, ainda atribui a nota m�xima ao pa�s.
MCLEAN