O n�mero de pessoas presentes na imensa �rea montada para o evento ao lado do rio Tejo foi comunicado pelo Vaticano, citando uma estimativa das autoridades portuguesas.
Jovens cat�licos de todo o mundo foram chegando durante o dia com suas mochilas e sacos de dormir, preparados para passar a noite at� a missa final no domingo de manh�.
Jorge Bergoglio, de 86 anos, fez sua apari��o pouco depois das 19h locais nesta vig�lia com atmosfera de festival, que come�ou com apresenta��es de m�sica pop-rock no colossal palco que domina o enorme espa�o preparado em um antigo dep�sito de lixo.
Os organizadores haviam projetado que a vig�lia e a missa reuniriam um milh�o de pessoas, como ponto alto da semana de encontros culturais e espirituais que comp�em esta edi��o do maior encontro cat�lico internacional.
Em uma vasta �rea repleta de barracas de acampamento, bandeiras de in�meros pa�ses e instala��es sanit�rias tempor�rias, os jovens aguardavam em um ambiente festivo, cercados por um amplo dispositivo de seguran�a.
"Viemos caminhando desde Barcelona, sa�mos h� 40 dias. � uma peregrina��o para ver o papa", contou � AFP Santi Salvador, um estudante espanhol de 19 anos, que percorreu 1.300 quil�metros para chegar l�.
"Participar desta vig�lia � importante pela grandiosidade do evento, pelo que representa para os cat�licos", disse ao seu lado Tiago Carlos, um portugu�s de 30 anos.
- Discurso improvisado -
Na manh� deste s�bado, o papa argentino foi recebido por cerca de 200 mil fi�is no santu�rio de F�tima, cerca de 130 km ao norte de Lisboa, onde rezou o ros�rio com jovens doentes, com defici�ncia e seis prisioneiros.
"A Igreja n�o tem portas, para que todos possam entrar", afirmou o pont�fice durante um breve discurso em espanhol, como tem feito desde que chegou a Portugal na quarta-feira.
"Esta � a casa da m�e e uma m�e sempre tem o cora��o aberto para todos os seus filhos. Todos, todos, todos, sem exclus�o", repetiu entre aplausos, reiterando uma mensagem que j� enfatizou em outras ocasi�es nesta JMJ.
Ao contr�rio do que estava planejado, o papa improvisou grande parte de sua interven��o.
Francisco - que se desloca em uma cadeira de rodas ou apoiado em uma bengala devido a sua sa�de cada vez mais fr�gil - j� havia alterado o roteiro de um de seus discursos na sexta-feira, explicando espontaneamente que os refletores n�o funcionavam e n�o conseguia ler bem.
O porta-voz do Vaticano informou � AFP que a mudan�a de sexta havia sido de fato devido a "um reflexo causado pela ilumina��o", enquanto a deste s�bado foi uma "escolha" do religioso.
- Papam�vel -
Em sua chegada a F�tima em um helic�ptero da for�a a�rea portuguesa, Francisco foi aplaudido pela multid�o, que n�o lotava o local, sob um c�u escurecido pela fuma�a e cinzas de um inc�ndio florestal ativo a cerca de 100 km de dist�ncia.
Depois percorreu a �rea ao redor da pequena capela em um "papam�vel", marcando o local onde, segundo a tradi��o cat�lica, a Virgem Maria apareceu a tr�s crian�as em 1917.
"� uma visita importante que nos ajudar� na f�", afirmou Juan Fiorani, um estudante argentino de 17 anos, que veio da vizinha Espanha, onde estava de f�rias.
Bergoglio, que j� havia visitado F�tima como papa em maio de 2017, est� em Portugal desde quarta-feira, cumprindo uma agenda cheia da JMJ de Lisboa.
Desde o in�cio de sua visita, abordou quest�es como meio ambiente, guerra na Ucr�nia e a dor das v�timas de abuso sexual infantil por membros da Igreja.
LISBOA