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Estado de Minas PANAM�

Migra��o para os EUA por floresta panamenha 'n�o vai parar'


09/08/2023 16:55
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A migra��o para os Estados Unidos pela floresta de Dari�n, na fronteira entre Panam� e Col�mbia, n�o vai parar, apesar das novas regulamenta��es de Washington e dos perigos de uma rota in�spita onde as mortes aumentam.

"Ningu�m sabe como vai ser o pr�ximo ano, mas nos pr�ximos meses temos que nos preparar para o pior", afirmou � AFP Giuseppe Loprete, presidente da Miss�o da Organiza��o Internacional para as Migra��es (OIM) no Panam�.

A fronteira natural do Dari�n, de 266 km de extens�o e 575 mil hectares de superf�cie, se transformou em um corredor para os migrantes sul-americanos que tentam chegar aos Estados Unidos pela Am�rica Central e M�xico.

De acordo com o Departamento de Migra��o do Panam�, de 1� de janeiro de 2023 a 8 de agosto, mais de 267 mil pessoas cruzaram a floresta de Dari�n, apesar da advert�ncia dos EUA de que n�o admitiria migrantes que entrassem irregularmente no pa�s centro-americano.

O n�mero ultrapassa o recorde do ano anterior, quando 248 mil pessoas atravessaram a regi�o em busca do "sonho americano".

O governo panamenho advertiu que neste ritmo espera-se que at� o final do ano, 400 mil migrantes atravessar�o a floresta de Dari�n.

"As condi��es em que vemos os migrantes chegarem nos preocupam muito e estamos muito preocupados com o fato de que essa migra��o n�o vai parar", disse Loprete.

Em 12 de maio, os Estados Unidos come�aram uma nova era de imigra��o com o in�cio da repress�o aos migrantes que chegavam ao pa�s contornando "vias legais". Simultaneamente, o M�xico suspendeu as autoriza��es de tr�nsito que permitiam que os requerentes de asilo nos EUA se deslocassem para o norte.

- "Mortes em alta" -

De acordo com as autoridades, o n�mero de mortes de migrantes no Panam� tamb�m aumentou este ano em compara��o com 2022. E deve crescer ainda mais nos pr�ximos meses.

"No ano passado (...) foram registradas 62 mortes (...), at� o momento j� temos 71. Parece l�gico deduzir que o n�mero de mortos vai aumentar" devido ao crescimento do fluxo migrat�rio, alertou o diretor do Instituto de Medicina Legal do Panam�, Jos� Vicente Pachar.

O n�mero atual inclui os 37 migrantes que morreram em fevereiro, quando um �nibus capotou perto da fronteira com a Costa Rica. Tamb�m faleceram dois panamenhos, o motorista e seu ajudante.

A regi�o est� rodeada de perigos, como animais selvagens, rios caudalosos e organiza��es criminosas que roubam ou exigem pagamentos de migrantes para gui�-los em sua travessia.

A rigor, o governo panamenho n�o sabe o n�mero exato de mortes devido � inacessibilidade da floresta, � falta de den�ncias ou ao abandono dos corpos, que viram presas de animais.

"Nossas estat�sticas refletem uma porcentagem m�nima do n�mero real de corpos" no local, disse Pachar.

- "Situa��o alarmante" -

A maioria dos migrantes que entrou no Panam� atrav�s desta floresta � de venezuelanos (mais de 150 mil), equatorianos (37 mil) e haitianos (mais de 34 mil), al�m de chineses e camaroneses. Cerca de 21% s�o menores de idade.

De acordo com o diretor da Unicef para Am�rica Latina e Caribe, Garry Conille, a situa��o de Dari�n "� alarmante", visto que muitos que fazem a travessia saem feridos, em estado de choque e desidrata��o, com alergias severas e complica��es na gravidez.

"A maioria dessas fam�lias migrantes perdeu tudo durante a viagem: seus pertences, seus documentos de identidade, seu dinheiro; eles ficaram apenas com as roupas que vestiam", acrescentou ele.

Esta migra��o � estimulada pela viol�ncia, inseguran�a, pobreza, crises pol�ticas e, cada vez mais, pelo impacto das mudan�as clim�ticas em seus pa�ses de origem.

Para atender as milhares de pessoas que chegam ao Panam�, o governo abriu uma s�rie de albergues em todo o pa�s. A iniciativa conta com o apoio de organiza��es internacionais.

Al�m disso, o Comit� Internacional da Cruz Vermelha entregou �s autoridades este ano uma centena de sepulturas para migrantes no cemit�rio de uma cidade perto da floresta. Trinta pessoas j� foram enterradas no local.

"Milhares necessitam de primeiros socorros, exames m�dicos, acesso � �gua e cuidados especializados no caso de terem sido v�timas de abuso, mas esses servi�os humanit�rios oferecidos pela Cruz Vermelha n�o s�o suficientes", disse � AFP Martha Keays, diretora da Federa��o Internacional da Cruz Vermelha.

Para Loprete, a coopera��o internacional entre pa�ses "bilateral ou regionalmente, � a chave porque nenhum governo pode fazer isso sozinho", afirmou.


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