A l�der quilombola Maria Bernadete Pac�fico foi baleada na quinta-feira (17) por dois homens que usavam capacetes e invadiram um pr�dio no quilombo Pitanga dos Palmares, perto da cidade de Salvador, segundo o Minist�rio da Seguran�a do Estado da Bahia.
Conhecida como "M�e Bernadete", a mulher de 72 anos foi coordenadora da Coordena��o Nacional de Articula��o das Comunidades Negras Rurais de Quilombos (Conaq), ex-secret�ria de Igualdade Racial da cidade de Sim�es Filho e l�der religiosa afro-brasileira.
A ialorix� tamb�m lutou por justi�a pelo assassinato de seu filho, Fl�vio Gabriel Pac�fico dos Santos, outro l�der comunit�rio morto a tiros h� seis anos.
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva expressou seu "pesar e preocupa��o" com o crime.
"Aguardamos a investiga��o rigorosa do caso", disse em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que os minist�rios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania designaram representantes para acompanhar a resolu��o do caso.
O Minist�rio da Mulher, por sua vez, condenou o "brutal assassinato" em um comunicado.
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, relembrou ter conhecido a l�der quilombola h� menos de um m�s, durante visita � Bahia.
Ela "me falou pessoalmente sobre a viol�ncia a que os quilombolas est�o expostos e revelou a dor de perder seu filho com 14 tiros dentro da comunidade", em um caso que ainda n�o foi solucionado, disse Weber em nota.
A imprensa informou que m�e Bernadete havia denunciado amea�as de fazendeiros, que t�m frequentes disputas de terra com quilombos e comunidades ind�genas.
Fundados nos s�culos XVII e XVIII por pessoas escravizadas fugitivas, cerca de 3.500 quilombos no Brasil abrigam 1,3 milh�o de pessoas, segundo dados do censo de 2022.
Estas comunidades continuam sendo um s�mbolo de resist�ncia e luta contra o racismo em territ�rio brasileiro, o �ltimo pa�s das Am�ricas a abolir a escravid�o, em 1888.
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RIO DE JANEIRO