(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TECOLUCA

Megapris�o completa seis meses em El Salvador com milhares de detentos


22/08/2023 13:36
436

Sob um forte esquema de seguran�a, mais de 12 mil supostos membros de gangues de El Salvador est�o detidos em uma megapris�o constru�da por ordem do presidente Nayib Bukele, s�mbolo da guerra que iniciou no ano passado contra os grupos de criminosos. O centro penitenci�rio, considerado o maior da Am�rica, completa seis meses entre a luz e a sombra.

Na segunda-feira (21), o comiss�rio de direitos humanos de El Salvador, o colombiano Andr�s Guzm�n, e a procuradora de direitos humanos, Raquel Caballero, visitaram o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), em Tecoluca, que fica 74 km ao sudeste de S�o Salvador.

A pris�o com capacidade para 40.000 pessoas come�ou a receber internos em 24 de fevereiro, e j� acumula 12.114 supostos membros de gangues, em sua maioria acusados de pertencer �s violentas Mara Salvatrucha e Barrio 18, quem t�m origem nas ruas de Los Angeles na d�cada de 1980.

Os pavilh�es do pres�dio t�m um teto curvo para garantir a ventila��o natural, al�m de claraboias que permitem a entrada de raios de sol no p�tio que separa as celas.

"Aqui estamos perseverando dia ap�s dia, tentando mudar", diz do interior de uma cela Jos� Hurquilla Bonilla, da gangue Barrio 18.

A pris�o foi constru�da para receber parte dos 72.000 membros de gangues detidos sob o regime de exce��o decretado pelo Congresso a pedido de Bukele, em resposta a uma escalada da viol�ncia que matou 87 pessoas entre 25 e 27 de mar�o de 2022.

Para a obra, o Estado comprou 166 hectares, 23 deles ocupados por oito pavilh�es cercados por um muro de concreto de 11 metros de altura e 2,1 quil�metros de extens�o, protegido por cercas el�tricas.

- Opini�es diferentes -

Durante a visita ao pres�dio, o comiss�rio Guzm�n perguntou aos internos sobre as condi��es do pres�dio e a maioria disse que �gua "n�o falta", mas pediram vassouras e detergente para limpar as celas.

Outros detentos t�m opini�es diferentes: alguns disseram que recebem frequentemente creme dental, escovas e sab�o, enquanto outros pedem medicamentos para os que sofrem doen�as terminais.

Em cada cela de quase 100 metros quadrados permanecem de 60 a 75 detentos que disp�em de beliches, dois vasos sanit�rios e dois lavat�rios com �gua corrente, al�m de dois recipientes com �gua para beber.

"H� muito o que melhorar e todos os dias uma equipe trabalha nisso", responde aos internos o comiss�rio Guzm�n.

Organiza��es de defesa dos direitos humanos questionam o tratamento nas pris�es �queles que s�o acusados de pertencer a gangues.

Em um relat�rio ap�s um ano de regime de exce��o, a ONG Cristosal denunciou 174 mortes sob cust�dia do Estado, e as qualificou como "uma medida permanente de repress�o e viola��es ao direitos humanos". A ONU pediu a investiga��o destas mortes.

Por�m, no CECOT, segundo Guzm�n, "os internos, dentro dos par�metros gerais de um centro de deten��o, est�o em boas condi��es (e) os direitos humanos s�o respeitados".

Ap�s conversar com internos de diferentes celas, a procuradora Raquel Caballero, disse que os detentos se queixaram da alimenta��o.

"Reclamaram que a comida n�o � suficiente" e "que est�o em �cio, n�o fazem nada porque ficam trancados", comentou Caballero � AFP.

A procuradora assegurou que uma equipe m�dica de 50 pessoas entre enfermeiros e m�dicos atende aos internos.

Em fevereiro, o CECOT iniciou um regime severo no qual os detentos nunca sa�am de suas celas. Tamb�m n�o � permitido receber visitas de familiares.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)