"A quest�o � saber se os servi�os de Intelig�ncia devem ser obrigados a reconhecer esta coopera��o", disse Erbil Kata, advogado do denunciante Ahmed Samsam, em uma sala do Tribunal de Apela��o do Leste.
Os servi�os de Intelig�ncia disseram n�o poder confirmar, nem refutar, a identidade de seus informantes.
"� uma quest�o de seguran�a nacional", alegou seu advogado, Peter Biering.
Em suas viagens � S�ria em 2013 e 2014, Samsam - de 34 anos e condenado na Espanha por pertencer ao grupo Estado Isl�mico - disse que nunca se juntou ao EI, mas que trabalhava para os servi�os secretos (PET) e para a Intelig�ncia militar (FE) dinamarqueses, informando sobre combatentes jihadistas estrangeiros.
Ele n�o conseguiu demonstrar essas afirma��es na Justi�a espanhola, que o condenou h� quase seis anos, mas v�rias investiga��es dos meios de comunica��o dinamarqueses corroboram as palavras deste dinamarqu�s de origem s�ria.
O advogado de Samsam espera que este julgamento permita ao seu cliente "contar tudo", depois de mais de sete anos de novela judicial.
Em 2017, amea�ado em Copenhague por um problema de acerto de contas independente de suas viagens � S�ria, Samsam fugiu para Espanha, onde foi preso depois de a pol�cia ter visto fotografias dele no Facebook, segurando a bandeira do EI.
Condenado a oito anos de pris�o por pertencer � organiza��o jihadista, as autoridades dinamarquesas ignoraram seus apelos.
Sua pena foi, posteriormente, reduzida para seis anos e, desde 2020, cumpre-a na Dinamarca. Deve ser libertado em "dois ou tr�s meses", segundo seu advogado.
J� os servi�os de Intelig�ncia dinamarqueses consideram que "n�o houve erro judicial", insistiu seu advogado, Peter Biering.
"O Supremo Tribunal (espanhol) declarou, explicitamente, que, embora tivesse trabalhado para a Intelig�ncia dinamarquesa (...) tinha elementos suficientes, provas suficientes, sem levar esse ponto em considera��o, para conden�-lo", acrescentou.
Para o advogado de Samsam, reconhecer que seu cliente era informante poder� permitir a revis�o do caso na Espanha.
O julgamento deve terminar em 8 de setembro.
COPENHAGA