"Por enquanto, considero a situa��o administr�vel. Mas temos, sim, que mostrar j� � ind�stria que estamos dando passos definitivos para resolver o problema da �gua e isso para mim � chave, porque sen�o, vamos ficar fora desse neg�cio", disse Quijano em entrevista � AFP.
"Quando digo que vai afetar o neg�cio, n�o � que v� fechar. Sempre v�o passar navios por aqui", acrescentou. Segundo Quijano, o canal gera 2,5 bilh�es de d�lares (aproximadamente 12 bilh�es de reais, na cota��o atual) em receitas para o Estado, mas sem a �gua necess�ria, "simplesmente vamos reduzir isso a US$ 1,8 bilh�o [R$ 8,7 bilh�es] ou algo assim".
Quijado deu estas declara��es em um momento em que o canal enfrenta uma crise h�drica, que levou � ado��o de medidas restritivas para o tr�fego e o calado dos navios, provocando filas de embarca��es para cruzar a via.
O Canal do Panam� utiliza �gua da chuva para mover as embarca��es nas eclusas.
Para cada embarca��o que atravessa a rota s�o despejados cerca de 200 milh�es de litros de �gua doce, que o canal obt�m de uma bacia hidrogr�fica por meio dos lagos Gat�n e Alhajuela.
No entanto, esta bacia, que tamb�m abastece o pa�s com �gua doce, foi modernizada pela �ltima vez em 1935, quando eram registrados cerca de 6.000 tr�nsitos pelo canal - menos da metade dos da atualidade.
Al�m disso, naquela �poca a popula��o panamenha n�o chegava a meio milh�o de pessoas. Hoje, � de 4,2 milh�es, metade da qual depende do canal para o abastecimento de �gua.
"H� um consumo exponencial dos dois lados, do consumo humano e do consumo pelo Canal do Panam�, para o qual foram constru�dos os dois reservat�rios", explicou.
A Autoridade do Canal do Panam� antecipa estudos para buscar novas fontes de �gua, mas as restri��es geraram o temor de que os navios decidam trocar de rota para transportar suas mercadorias.
Se os custos de passar pelo canal nestas circunst�ncias forem "excessivos", os usu�rios "v�o buscar outra rota que normalmente compete conosco, que � o Canal de Suez", afirmou Quijano.
"Vamos nos concentrar em buscar essa �gua para sobreviver e levar as tr�s eclusas que temos hoje ao m�ximo", acrescentou.
Pelo canal de 80 km passam at� 6% do com�rcio mar�timo mundial. Seus principais usu�rios s�o Estados Unidos, China e Jap�o.
No �ltimo ano fiscal, passaram pela via do istmo 518 milh�es de toneladas de mercadorias e o canal gerou 4,3 bilh�es de d�lares (R$ 21 bilh�es), dos quais repassou US$ 2,5 bilh�es ao Estado.
PANAM�