O Copom considerou que houve uma "evolu��o do processo de desinfla��o", ao aplicar o segundo corte consecutivo de meio ponto percentual da Selic em menos de dois meses, segundo um comunicado da entidade no encerramento de uma reuni�o de dois dias.
O �rg�o encerrou o congelamento da taxa Selic em agosto, que havia sido mantida em 13,75% por um ano, reduzindo-a tamb�m em 0,5 ponto percentual e iniciando um ciclo gradual de flexibiliza��o monet�ria.
O BCB planeja continuar com redu��es "da mesma magnitude" nas pr�ximas reuni�es de novembro e dezembro, ao considerar este ritmo apropriado, afirmou o �rg�o no comunicado.
A decis�o de dar sequ�ncia aos cortes � bem vista pelo governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que desde que iniciou seu terceiro mandato em janeiro tem repetidamente defendido taxas de juros mais baixas para tornar o cr�dito mais acess�vel e estimular o consumo e o investimento.
Com uma Selic elevada, os juros cobrados em empr�stimos, financiamentos e cart�es de cr�dito aumentam, o que desestimula o consumo e o investimento. Isso alivia a press�o sobre os pre�os de bens e servi�os, mas tamb�m desacelera a economia, o que vai contra os objetivos do governo.
A economia perdeu for�a no segundo trimestre, com um crescimento de 0,9% em rela��o ao primeiro trimestre, mas continuou crescendo pelo oitavo trimestre consecutivo, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
A infla��o em doze meses diminuiu em junho, mas aumentou em julho e agosto, atingindo 4,61% em doze meses.
"Estamos colhendo os frutos da pol�tica monet�ria que derrubou a infla��o", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no domingo, embora tenha reconhecido que a alta de pre�os deve encerrar o ano "em torno de 5%", acima da meta do BCB de 3,25% (cerca de 1,5 ponto percentual).
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