Os controles n�o ser�o permanentes, como exigidos pelos conservadores do CDU, o principal partido de oposi��o, uma medida excepcional na Uni�o Europeia (UE), sobre a qual Bruxelas deve ser informada.
"Mas n�o descarto que os adotemos mais tarde", se os controles adicionais "n�o funcionarem", advertiu Faeser.
At� agora, os �nicos pontos de controle permanentes para entrar na Alemanha se encontram na fronteira austr�aca, um legado da crise migrat�ria de 2015-2016, quando a maior economia europeia acolheu mais de um milh�o de refugiados.
- Tens�o externa -
A situa��o atual � muito diferente daquela �poca, quando quase 200.000 entradas ilegais eram registradas ao m�s na Alemanha.
Desde o in�cio do ano, a pol�cia registrou cerca de 71.000 entradas ilegais, quase 60% a mais que no mesmo per�odo do ano passado. Nesse tempo, tamb�m aumentaram os pedidos de asilo, 77% (204.000 contra 115.000), segundo as estat�sticas oficiais.
Com o auge do partido de extrema direita AfD, que est� batendo recordes nas inten��es de voto, a quest�o do acolhimento de refugiados voltou ao debate pol�tico.
O ministro das Finan�as, Christian Lindner, declarou ao Bundestag nesta quarta-feira que a Alemanha "perdeu parcialmente o controle de acesso" a seu territ�rio e que esta situa��o "n�o deve se prolongar".
Da oposi��o conservadora, Markus S�der pediu que seja estabelecido um m�ximo de 200.000 solicitantes de asilo por ano, uma ideia que o governo rejeitou.
O governo alem�o tamb�m est� sendo criticado no exterior.
A It�lia criticou-o por suspender a acolhida de migrantes transferidos por Roma no marco de um programa de solidariedade, uma medida de Berlim em resposta � decis�o do Executivo italiano de descumprir sua obriga��o de atender os solicitantes rejeitados por outros pa�ses e que passaram anteriormente pela It�lia.
As rela��es tamb�m n�o est�o em seu melhor momento com a Pol�nia, por onde passam os migrantes procedente do leste. Na semana passada, Berlim e Bruxelas pediram explica��es a Vars�via sobre uma suposta fraude de vistos de entrada na UE que atingiu membros do governo polon�s.
Na Alemanha, munic�pios e regi�es declararam que est�o no limite de suas capacidades de acolhimento migrantes.
A situa��o � muito delicada considerando que, em menos de duas semanas, em oito de outubro, elei��es regionais colocar�o Olaf Scholz � prova na Baviera (sul) e em Hesse (centro).
A ministra do Interior � candidata dos social-democratas, o partido de Scholz, em Hesse, onde fica Frankfurt.
BERLIM