"Recordamos a necessidade de um aumento significativo dos esfor�os da Uni�o Europeia na frente exterior, com um foco renovado para reduzir de forma eficaz os deslocamentos iniciais e prevenir as sa�das", manifestaram It�lia, Malta, Fran�a, Cro�cia, Chipre, Espanha, Gr�cia, Portugal e Eslov�nia em um comunicado conjunto na c�pula Med9.
A reuni�o, realizada na ilha mediterr�nea de Malta, ocorreu um dia ap�s os ministros do Interior da Uni�o Europeia (UE) prometerem chegar a um acordo sobre uma reforma de sua pol�tica migrat�ria.
Lutar contra a imigra��o ilegal exige "uma resposta europeia sustentada e global", defenderam os participantes.
A chegada de milhares de migrantes � ilha italiana de Lampedusa nas �ltimas semanas aumentou as tens�es dentro do bloco. Esta regi�o costeira, que tem apenas 20 km�, est� situada perto do norte da �frica.
At� o momento, o n�mero de migrantes que chegou � It�lia superou os 133.000, quase o dobro do mesmo per�odo no ano anterior, segundo Roma.
Al�m disso, cerca de 11.600 "menores desacompanhados" chegaram a este pa�s entre janeiro e meados de setembro por esta perigosa rota, cerca de 60% a mais comparado ao mesmo intervalo em 2022, informou � AFP a ag�ncia da ONU para a Inf�ncia (Unicef).
A travessia, organizada por traficantes de pessoas em embarca��es sobrecarregadas, coleciona trag�dias. Entre junho e agosto, pelo menos 990 migrantes morreram ou desapareceram enquanto atravessavam o Mediterr�neo central, frente aos 334 no mesmo per�odo em 2022, segundo a Unicef.
Este incessante afluxo contraiu as rela��es entre os pa�ses que servem de porta de entrada na Europa e seus parceiros.
O governo de extrema direita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, entrou em conflito com a Fran�a e a Alemanha neste espinhoso tema e pressiona os demais membros da UE para que aceitem receber estes migrantes.
Meloni se reuniu nesta sexta-feira com os presidentes franc�s, Emmanuel Macron, e da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, garantindo que ap�s estes encontros havia uma "vontade, pelo menos no papel" de atuar de forma conjunta.
� "algo que deve ser feito a n�vel europeu para ser realmente eficaz", insistiu ela.
- "Vis�o compartilhada" -
Von der Leyen apresentou, em meados de setembro, um plano com dez pontos para enfrentar a chegara recorde de migrantes � It�lia.
O plano inclu�a uma poss�vel amplia��o das miss�es navais no Mediterr�neo, que segundo Meloni, deveriam ser realizadas "de acordo com as autoridades norte-africanas".
Macron e a premi� italiana conseguiram atenuar as tens�es nos �ltimos dias e t�m agora uma "vis�o compartilhada para gerir a quest�o migrat�ria", garantiu uma fonte presidencial francesa.
Roma, que critica a Alemanha por financiar barcos de resgate de ONGs que atuam no Mediterr�neo central, pediu � UE que inclua uma norma para obrigar estas embarca��es a desembarcarem em seus pr�prios pa�ses, disse Meloni nessa sexta-feira.
Entretanto, para a imprensa italiana, a emenda foi rejeitada na quinta-feira pelos ministros do Interior do bloco europeu.
Tanto a primeira-ministra italiana como Macron desejam frear a sa�da destas embarca��es atrav�s de uma colabora��o mais estreita com a Tun�sia, apesar das d�vidas sobre o respeito aos direitos humanos e ao tratamento que este pa�s reserva aos migrantes.
A Comiss�o Europeia anunciou na semana passada que fornecer� os primeiros fundos � Tun�sia como parte do acordo firmado para frear a migra��o irregular deste pa�s na regi�o do Magrebe, um dos principais pontos de partida em dire��o � Europa.
Segundo Meloni, o acordo j� est� produzindo "sinais muito importantes de colabora��o" e � "um modelo" que pode ser utilizado com outros pa�ses do norte da �frica.
MDINA