"� hora de resolver isso no �mbito judicial, e ser�o os ju�zes e n�o os centros de escuta ou perd�o (da Igreja) que dir�o o que deve ser feito", disse � AFP o advogado das v�timas, Jos� Luis Gareca.
A den�ncia foi apresentada por 18 ex-alunos de um internato jesu�ta em Cochabamba contra o padre Bernardo Mercado, que exerce como Superior Provincial dessa ordem desde maio de 2022 ap�s uma longa trajet�ria na Igreja Cat�lica.
O Minist�rio P�blico de Cochabamba decidir� nos pr�ximos dias se aceita a queixa, na qual outros 33 ex-alunos figuram como testemunhas.
Em comunicado, a Igreja Cat�lica afirmou que os "crimes que alguns jesu�tas possam ter cometido s�o de inteira responsabilidade deles mesmos". No entanto, "a Companhia de Jesus na Bol�via ser� a primeira a propiciar as poss�veis san��es que mere�am", diz o documento.
Entre as evid�ncias apresentadas pela defesa est� o di�rio do padre espanhol Alfonso "Pica" Pedrajas, falecido na Bol�via em 2009 aos 66 anos.
Em abril, o jornal espanhol El Pa�s divulgou as anota��es de Pedrajas, nas quais ele confessou ter agredido sexualmente cerca de 85 menores, o que levou � revela��o de mais casos.
As revela��es mergulharam a Igreja Cat�lica da Bol�via em um esc�ndalo, onde 58% dos 12 milh�es de habitantes s�o cat�licos.
Desde ent�o, o Minist�rio P�blico boliviano identificou pelo menos 17 v�timas e 35 supostos agressores ligados � Igreja.
Mercado foi denunciado por omiss�o nos crimes de estupro, abuso sexual, sofrimento e ass�dio sexual.
"O ressarcimento � um direito constitucional (...) se n�o couber na parte penal, ter� que ser na parte civil, mas deve haver um ressarcimento", disse o advogado Gareca.
LA PAZ