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Estado de Minas PARIS

Como o Hamas usou as redes sociais para semear o terror em Israel


09/10/2023 18:22
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O assassinato de uma idosa transmitido no Facebook, combatentes armados anunciando por telefone aos israelenses a morte de seus entes queridos, v�deos humilhantes de ref�ns em Gaza, s�o exemplos da propaganda maci�a do Hamas, que visa paralisar Israel usando o terror, segundo especialistas.

No s�bado, Mor Bayder contou que n�o recebeu a habitual mensagem de sua av�: "Mor, meu amor, voc� est� acordada?". Em vez disso, a jovem israelense relatou que descobriu nas redes sociais imagens "brutais" do assassinato de sua av�, durante a ofensiva lan�ada pelo movimento isl�mico palestino Hamas em uma vila na fronteira com a Faixa de Gaza.

"Um terrorista invadiu sua casa, a matou, pegou seu telefone, fotografou o horror e publicou em seu perfil do Facebook. Foi assim que descobrimos", detalhou em um testemunho arrepiante publicado na rede social e compartilhado por v�rios membros de sua fam�lia.

Em declara��es � emissora israelense Canal 13, Mor Bayder contou, chorando, que o assassino ligou para sua tia para obrig�-la a ver as imagens da idosa "ca�da em um banho de sangue" em sua casa em Nir Oz, um kibutz localizado a dois quil�metros da Faixa de Gaza, onde v�rios israelenses est�o desaparecidos desde o ataque do Hamas.

- Divulga��o intencional -

Desde s�bado, o Hamas tem difundido numerosos atos de viol�ncia atrav�s de fotos e v�deos.

"� intencional: o objetivo � gerar um sentimento de impot�ncia, paralisia e humilha��o", explicou Michael Horowitz, analista de seguran�a da consultoria Le Beck International.

Em um v�deo que se tornou viral, uma jovem aparece nua, aparentemente inconsciente, na parte de tr�s de uma caminhonete em meio aos gritos de homens armados.

Sua m�e a identificou como Shani Louk, uma jovem israelense-alem� de cerca de 20 anos que participava de uma festa "rave" no s�bado, que se transformou em um massacre no deserto. Segundo uma ONG israelense, o Hamas chacinou cerca de 250 pessoas que estavam na festa.

Outras imagens de uma fam�lia prostrada no ch�o deram a volta ao mundo. Um menino de seis ou sete anos chora e se recusa a acreditar que sua irm� morreu.

Ele pergunta � m�e se ela vai voltar, que responde: "N�o", e se lan�a sobre seu filho para proteg�-lo no momento em que as pernas que parecem ser de um sequestrador passam na frente da c�mera.

Esses m�todos de propaganda n�o s�o novos para o Hamas, observou o pesquisador Ruslan Trad, do laborat�rio de an�lise digital do Atlantic Council (DFRLab). Mas est�o "muito mais sofisticados" e "sem precedentes nesta escala" devido ao grande n�mero de v�timas israelenses, algo tamb�m in�dito.

Na ofensiva surpresa e maci�a lan�ada pelo movimento islamita palestino, comparada por Israel ao 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, mais de 800 israelenses morreram e h� mais de 2.600 feridos, segundo o �ltimo balan�o do governo.

Do lado palestino, pelo menos 687 pessoas morreram na Faixa de Gaza e mais de 3.700 ficaram feridas, segundo as autoridades locais.

- Trolls iranianos e russos -

Esses relatos tamb�m encontram forte repercuss�o porque s�o "sistematicamente retransmitidos por trolls - pessoas com identidade desconhecida que publicam mensagens provocativas - iranianos e russos, e amplificados pelos meios de comunica��o estatais", acrescentou David Colon, professor da universidade Sciences Po Paris.

Al�m disso, segundo ele, "a atitude amb�gua da China com plataformas como o TikTok deixa passar muito conte�do chocante". Quanto � rede social X, antigo Twitter, seu novo chefe, Elon Musk, "reduziu ao m�nimo as equipes de modera��o, e os v�deos insuport�veis, que em outros tempos teriam sido removidos imediatamente, permanecem online por horas", detalhou Colon.

"O Hamas e os meios de comunica��o palestinos, que est�o associados ou n�o, est�o fornecendo evid�ncias de crimes de guerra", indicou Michael Horowitz, referindo-se a esse movimento isl�mico que j� foi classificado como organiza��o terrorista pelos Estados Unidos e pela Uni�o Europeia ap�s uma s�rie de ataques suicidas nas d�cadas de 1990 e 2000.

"O Hamas e seus aliados n�o temem ser acusados de cometer crimes de guerra e massacres; eles consideram as institui��es globais in�teis e apoiadas pelo Ocidente", enfatizou.


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