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Israel ordena sa�da de mais de um milh�o de habitantes da Faixa de Gaza em 24h

Na Faixa de Gaza, os maci�os bombardeios israelenses, lan�ados em resposta, deixaram 1.537 mortos, incluindo muitos civis, segundo as autoridades locais


13/10/2023 08:39 - atualizado 13/10/2023 12:24
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Faixa de Gaza bombardeada por israelenses
Faixa de Gaza bombardeada por israelenses (foto: Mahmud HAMS / AFP )
O Ex�rcito israelense ordenou a sa�da imediata de mais de um milh�o de habitantes do norte da Faixa de Gaza para o sul, em meio ao seu intenso bombardeio em repres�lia pelos ataques do Hamas, enquanto a ONU pedia o cancelamento da medida e advertia sobre as consequ�ncias "devastadoras" da mesma.

Em um comunicado, o Ex�rcito israelense convocou a "retirada de todos os civis da Cidade de Gaza de suas casas, para o sul, para sua pr�pria seguran�a e prote��o, e se transferir para a �rea ao sul de Wadi Gaza".

Desde o in�cio das hostilidades, em 7 de outubro, na esteira de um sangrento ataque do movimento isl�mico palestino Hamas, cerca de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria civis. Entre os mortos, h� pelo menos 258 soldados israelenses, segundo o Ex�rcito.

Na Faixa de Gaza, os maci�os bombardeios israelenses, lan�ados em resposta, deixaram 1.537 mortos, incluindo muitos civis, segundo as autoridades locais.

O grupo isl�mico tamb�m mant�m cerca de 150 ref�ns na Faixa, dos quais 13, "incluindo estrangeiros", morreram em bombardeios israelenses, disse o bra�o armado do Hamas nesta sexta.

O Ex�rcito de Israel convocou "a sa�da de todos os civis" da Cidade de Gaza, no norte do enclave, para o sul, "para sua pr�pria seguran�a e prote��o", anunciou hoje. Pela manh�, lan�ou panfletos em �rabe dos avi�es, instando os moradores a deixarem suas casas "imediatamente".

O ex�rcito deu um prazo, em princ�pio, de 24 horas, mas depois admitiu que essa retirada "levar� tempo".

O Hamas rejeitou imediatamente a ordem.

"Nosso povo palestino rejeita a amea�a dos l�deres da ocupa��o (israelense) e seus apelos para que deixem suas casas e fujam para o sul, ou para o Egito", declarou o Hamas em um comunicado.

Informada momentos antes da ordem israelense de "realoca��o" de 1,1 milh�o de habitantes, a ONU fez um apelo pela anula��o da medida.

Uma retirada desse tipo � "imposs�vel sem causar consequ�ncias devastadoras", alertou St�phane Dujarric, porta-voz do secret�rio-geral da ONU.

O Minist�rio palestino da Sa�de tamb�m observou que era "imposs�vel retirar pacientes vulner�veis dos hospitais no norte de Gaza".

- "Hamas ser� esmagado" -

A Ag�ncia das Na��es Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) transferiu seu centro de opera��es e seu pessoal para o sul da Faixa.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Betanyahu, prometeu destruir o Hamas, depois de se reunir com o secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, em Tel Aviv, na quinta-feira.

"Assim como o EI [grupo jihadista Estado Isl�mico] foi esmagado, o Hamas ser� esmagado", disse Netanyahu.

- 6.000 bombas -

Na cidade de Sderot, perto da fronteira com Gaza, Yossi Landau, volunt�rio da organiza��o Zaka, que participa na identifica��o de corpos, disse n�o ter visto nada parecido.

"Levamos 11 horas para percorrer um trecho da estrada que deveria levar 15 minutos, porque fomos recolher todos [os corpos] e colocamos em sacos", conta o homem de 55 anos.

Em resposta ao ataque do Hamas, o Ex�rcito israelense lan�ou cerca de 6.000 bombas, ou um total de 4.000 toneladas de explosivos, no enclave palestino.

Na noite de quinta para sexta-feira, 750 "posi��es militares" foram atacadas, incluindo "resid�ncias de terroristas de alto escal�o usadas como centros de comando militar", disse o Ex�rcito israelense.

Segundo jornalistas da AFP, "bombardeios maci�os" atingiram o acampamento de Al Shati, o maior da Faixa de Gaza.

Os milicianos na Faixa de Gaza dispararam centenas de foguetes contra Israel nesta sexta-feira, confirmou um jornalista da AFP. Os proj�teis foram lan�ados durante um per�odo de cerca de 15 minutos.

Mais de 423.000 pessoas se viram for�adas a abandonar as suas casas no territ�rio palestino, segundo a ag�ncia humanit�ria das Na��es Unidas, OCHA.

Na Faixa de Gaza, um territ�rio estreito e empobrecido sob r�gido embargo israelense desde 2007, quando o Hamas assumiu o controle total, sua popula��o est� ficando sem �gua, eletricidade e alimentos, na sequ�ncia do cerco ordenado por Israel esta semana. Segundo o OCHA, alguns habitantes est�o come�ando a beber �gua do mar, que � salgada e contaminada por esgoto.

- "Controlar Israel" -

O secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, reafirmou na quinta-feira seu apoio a Israel, embora tenha apelado que sejam consideradas as "aspira��es leg�timas" dos palestinos.

"Enquanto os Estados Unidos existirem (...), estaremos sempre ao seu lado", disse ele, ap�s se reunir com Netanyahu.

Blinken mencionou as "possibilidades" de abrir passagens seguras para os civis "que desejam abandonar a �rea ou buscar ref�gio".

Na Jord�nia, onde Blinken continua sua viagem para tentar conter esta crise, o rei Abdullah II advertiu contra "qualquer tentativa de deslocar" os palestinos.

A Liga �rabe classificou a ordem de retirada israelense como "um crime al�m da compreens�o", e o presidente russo, Vladimir Putin, disse que uma incurs�o terrestre israelense na Faixa de Gaza causaria "perdas inaceit�veis entre os civis" palestinos.

Al�m dos bombardeios em massa, Israel destacou dezenas de milhares de soldados para perto do enclave e na fronteira com o L�bano, no norte, pa�s a partir do qual o Hezbollah pr�-Ir�, aliado do Hamas, lan�a foguetes.

O Ir� disse que os Estados Unidos "devem controlar Israel", se quiserem evitar uma guerra regional, nas palavras de seu ministro das Rela��es Exteriores, Hossein Amir Abdollahian, durante uma visita ao L�bano.

Em v�rios pa�ses da regi�o, milhares de pessoas se manifestaram nas capitais do Iraque, do Ir� e da Jord�nia em apoio aos palestinos.


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