(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GUERRA

Hizbullah amea�a entrar na guerra, e Israel isola fronteira norte

A amea�a foi feita pelo n�mero 2 do Hizbullah, xeque Naim Qassem


13/10/2023 10:53 - atualizado 13/10/2023 12:20
436

Membros do Hezbollah
Membros do Hezbollah (foto: Mahmoud ZAYYAT / AFP )
S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O grupo extremista liban�s Hizbullah amea�ou, nesta sexta (13), entrar na guerra contra Israel ao lado do Hamas palestino. "Conhecemos nossos deveres perfeitamente. Estamos preparados e prontos, totalmente prontos", disse o n�mero 2 da entidade, xeque Naim Qassem.

Ele deu a declara��o em Beirute, onde seu chefe, o xeque Hassan Nasrallah, se encontrava com o chanceler Hossein Amirabdollahian, representante do verdadeiro poder por tr�s do Hizbullah e do Hamas, o Ir�.

A escalada ret�rica acompanha a militar, por parte de Israel, que deu um ultimato a 1,1 milh�o dos 2,3 milh�es moradores de Gaza para deixar a capital da Faixa hom�nima e outros territ�rios ao norte dela. A expectativa � de que haja uma invas�o terrestre em breve.

Desde que o Hamas disparou a crise, com os brutais ataques terroristas do s�bado passado (7) que mataram 1.300 israelenses, o Hizbullah e o Ir� t�m se colocado a seu lado, ainda que negando ter participado da a��o para n�o elevar ainda mais a tens�o regional.

Qassem disse que os esfor�os para evitar isso s�o in�cuos. "Os telefonemas de bastidor entre n�s e as grandes pot�ncias, pa�ses �rabes, enviados da ONU, nos dizendo direta e indiretamente para n�o interferir n�o ter�o efeito", afirmou durante um discurso para apoiadores.

Por evidente, eram palavras para a plateia, mas a tens�o � palp�vel. Nesta sexta, Israel determinou o fechamento do acesso da maior parte de Metula, a cidade mais ao norte do pa�s, junto � fronteira do L�bano e pr�ximo das fazendas de Shebaa, regi�o libanesa anexada por Tel Aviv que � palco de trocas constantes de fogo.

Ao mesmo tempo, embora esteja sob fogo inaudito em Gaza, o Hamas segue em a��o na regi�o. Nesta sexta, o sistema de defesa a�rea de Haifa, principal cidade do norte israelense, interceptou um foguete palestino de alcance inusual.

Ele foi identificado com um Ayyash-250, que s� tinha sido visto em a��o uma vez, h� alguns anos. Acredita-se que ele seja uma raridade no arsenal do Hamas, e tem 250 km de alcance. Nesta guerra, apenas um outro modelo capaz de chegar ao norte, o R160, havia sido empregado.

Ao longo da semana da guerra, houve v�rios incidentes fronteiri�os. At� aqui, contudo, eles indicam mais uma disposi��o de mostrar os dentes para o advers�rio do que outra coisa, mas o risco de a situa��o espiralar parece real. Parece ser o objetivo do Hamas: galvanizar apoios contra Israel devido � inevit�vel retalia��o, que at� aqui j� matou mais de 1.500 palestinos.

Para tanto, os Estados Unidos enviaram para a regi�o uma for�a-tarefa com seu maior e mais moderno porta-avi�es, o USS Gerald Ford. J� o Reino Unido anunciou que vai mandar dois navios, avi�es-patrulha e uma companhia de fuzileiros navais.

Ambos os aliados pretendem com isso dissuadir rivais de Israel de se envolver na guerra. O recado, claro, � para o Ir�, mas Teer� sempre apostou nos grupos que apoia contra o Estado judeu para travar sua guerra.

Com o Hizbullah, a �ltima vez que houve um grande conflito foi em 2006, e o resultado foi um empate, o que foi vendido com raz�o como vit�ria para os libaneses. De l� para c�, o grupo tornou-se a mais capaz for�a irregular do Oriente M�dio, com talvez 100 mil soldados e at� 150 mil foguetes e m�sseis. Se entrar na guerra agora, ser� um problema s�rio para Israel.

O Ir� d�, segundo estimativa do governo americano, cerca de R$ 3,5 bilh�es anuais para o Hizbullah, al�m de apoiar com menos recursos o Hamas, a Jihad Isl�mica e outros grupos anti-Israel. Todos contam com apoio da S�ria, aliada de Teer� e da R�ssia de Vladimir Putin, que interveio militarmente com os iranianos na guerra civil do pa�s �rabe e salvou sua ditadura.

Isso d� a no��o do cipoal de alian�as na regi�o. N�o por acaso, Putin j� criticou duramente o envolvimento dos EUA com seu porta-avi�es, questionando se Joe Biden pretendia atacar o L�bano. E tem subido crescentemente o tom contra a a��o israelense em Gaza.

Na quinta, um ataque a�reo contra os dois principais aeroportos da S�ria, largamente atribu�do a, mas n�o confirmado por Israel, provocou ainda mais tremores na geopol�tica local. O Kremlin acusou Tel Aviv de aumentar exponencialmente o risco de uma guerra ampliada. Como a temperatura pol�tica foi mantida est�vel, tudo indica que foi um recado dos israelenses para a S�ria n�o se envolver na crise atual.

Na quinta (12), o chanceler Amirabdollahian afirmou que seu pa�s, a S�ria, o Hizbullah e o Hamas seguiriam unidos como o "eixo da resist�ncia", em oposi��o ao apaziguamento mediado pelos EUA entre Israel e outros pa�ses mu�ulmanos da regi�o.

Al�m da paz mais hist�rica com Egito, Jord�nia e Autoridade Nacional Palestina, Tel Aviv normalizou a rela��o com os Emirados �rabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sud�o em 2020, abrindo o caminho para o acordo que interessa, com a pot�ncia Ar�bia Saudita. O arranjo, que visava isolar o Ir� e abriu espa�o para a China aproximar Teer� de Riad, agora est� todo em suspenso pela guerra.

O xeque Nasrallah, que lidera o Hizbullah desde 1992, dez anos depois da funda��o do grupo, ainda n�o se pronunciou sobre o terremoto pol�tico-militar em curso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)