"Segundo nossas informa��es, h�, sem d�vidas, um v�nculo entre o que aconteceu no Oriente M�dio e a decis�o de atacar", assegurou o ministro do Interior, G�rald Darmanin, em entrevista � TF1.
O epis�dio ocorreu na escola Gambetta em Arras. V�deos que circulam nas redes sociais mostram um homem jovem, vestindo cal�as pretas e casaco cinza, visivelmente armado, brigando com v�rios adultos no p�tio, antes de se dirigir � sa�da do centro educacional.
Segundo a Prefeitura, o autor do ataque, que foi detido, gritou "Allah Akbar" (Al� � grande, em tradu��o livre), uma express�o formal de f� usada por mu�ulmanos, que se tornou um grito repetido pelos autores dos ataques jihadistas que abalaram a Fran�a na �ltima d�cada.
O agressor, identificado como Mohammed Mogouchkov, um russo de origem chechena na faixa dos 20 anos de idade, era fichado pelas autoridades no registro de seguran�a nacional, tendo chegado � Fran�a em 2008, segundo as primeiras informa��es policiais.
O servi�o de Intelig�ncia Interna DGSI vigiava-o "ativamente" desde o ver�o boreal (hemisf�rio norte), mas as escutas dos �ltimos dias n�o revelaram que se preparasse para entrar em a��o, comentou uma fonte desse �rg�o.
A Promotoria Antiterrorista (Pnat) anunciou a abertura de uma investiga��o por homic�dio e tentativa de homic�dios em rela��o com empreitada terrorista, entre outras acusa��es.
Oito pessoas, entre elas v�rios membros de sua fam�lia foram detidos. Um de seus irm�os j� estava preso desde 2019 por envolvimento em um plano de atentado frustrado, segundo a fonte da DGSI.
- "Nos entrincheiramos" -
O promotor antiterrorista, Jean-Fran�ois Ricard, indicou que tr�s pessoas ficaram feridas: outro professor e dois trabalhadores da escola, mas que nenhum aluno ficou ferido.
Dominique Bernard, o professor de franc�s assassinado, "sem d�vida salvou muitas vidas", disse Macron, que viajou rapidamente para o local do ataque.
Os estudantes foram temporariamente confinados na institui��o, isolada pelas for�as de seguran�a e por socorristas, at� poderem se unir a seus pais, que esperavam do lado de fora, observou um jornalista da AFP.
Dois sindicatos da �rea da educa��o, Snes-FSU e SE Unsa, disseram � AFP que o agressor era um "ex-aluno" desta escola de ensino m�dio de cerca de 1.500 estudantes.
Um professor de filosofia que presenciou o ataque, Martin Dousseau, descreveu � AFP um momento de p�nico durante um intervalo entre as aulas, quando os alunos se viram cara a cara com o agressor.
"Quis descer para intervir. Ele se virou para mim, me perseguiu e me perguntou se eu era professor de Geografia e Hist�ria", contou. "Nos entrincheiramos. Depois, a pol�cia chegou e o imobilizou", completou.
Outro homem fichado por "radicaliza��o" e armado com uma faca de cozinha tamb�m foi preso nesta sexta-feira perto de um liceu em Limay, a noroeste de Paris, indicaram fontes judiciais e policiais � AFP.
- N�vel de alerta elevado -
Esses fatos ocorrem quase tr�s anos ap�s o assassinato, em 16 de outubro de 2020, em Conflants-Sainte-Honorine, a noroeste de Paris, do professor Samuel Paty, de 47 anos, esfaqueado e decapitado por um refugiado russo, tamb�m de origem chechena, por ter mostrado em sala de aula caricaturas de Maom� durante um curso sobre liberdade de express�o.
O autor do crime, Abdoullakh Anzorov, foi morto pela pol�cia.
"Quase tr�s anos depois do assassinato de Samuel Paty, a barb�rie do terrorismo islamita golpeia de novo uma escola", lamentou o presidente franc�s.
O ataque surge em um contexto tenso na Fran�a, onde vive a terceira maior comunidade judaica do mundo, depois de Israel e dos Estados Unidos, devido � guerra desencadeada ap�s a ofensiva mortal realizada pelo movimento islamita Hamas contra Israel no �ltimo s�bado.
Nesta sexta-feira, as autoridades francesas aumentaram o n�vel de alerta, que passou de "risco de atentado" para "emerg�ncia de atentado", o que permite uma maior mobiliza��o de recursos, ainda que Darmanin tenha afirmado que "n�o h� uma amea�a clara".
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Professor � morto em ataque de islamita na Fran�a
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