
S�o Paulo – Tens�o m�xima na Faixa de Gaza diante da invas�o iminente do territ�rio por tropas israelenses. O prazo dada para a popula��o civil evacuar a �rea norte terminou �s 18h de ontem (hor�rio de Bras�lia), meia-noite no local. Tanque israelenses est�o na fronteira, enquanto a popula��o est� sob cruzado. O Ex�rcito de Israel exige a debandada para o sul, enquanto o Hamas deu ordem para que ningu�m saia de casa na regi�o, que abriga quase a metade da popula��o de Gaza, 1,1 milh�o de pessoas. Para o grupo isl�mico, o aviso de Israel � uma tentativa de “difundir e transmitir propaganda falsa, com o objetivo de semear confus�o entre os cidad�os e prejudicar a coes�o interna”. J� Israel diz que o Hamas est� se aproveitando dos moradores da Faixa de Gaza e levando “o desastre a eles”. “A responsabilidade pelo que possa acontecer com aqueles que n�o evacuarem est� nas m�os do Hamas”, disse o contra-almirante Daniel Hagarim, porta-voz militar. Ontem, houve mais protestos em v�rias cidades mundo afora contra a guerra.
Reportagem da TV saudita Al Arabiya mostrou que muitos moradores da zona oeste de Gaza deixaram suas casas ap�s o ultimato israelense. A rede mostrou avi�es de Israel jogando milhares de panfletos ao longo do dia de ontem. Eles pediam para que os palestinos cumprissem a ordem dada a 1,1 milh�o dos 2,3 milh�es de habitantes do territ�rio para deixar a capital e cidades adjacentes.
Um morador de Gaza disse ao jornal Times of Israel que o Hamas est� impedindo a popula��o de esvaziar a �rea. Outros n�o saem porque n�o t�m para onde ir no sul. A ordem de Israel desencadeou uma onda de p�nico. � ag�ncia de not�cias Associated Press, a porta-voz do Crescente Vermelho Palestino na Cidade de Gaza, Nebal Farsakh, disse que n�o h� como deslocar mais de 1 milh�o de pessoas em seguran�a t�o rapidamente.
Cerca de 1.300 israelenses e de 1.900 palestinos morreram em uma semana de guerra. De acordo com o Ocha (escrit�rio da ONU para assuntos humanit�rios), 23 trabalhadores humanit�rios j� foram mortos desde o in�cio dos ataques israelenses e o n�mero de pessoas que fugiram de suas casas em Gaza passa de 423 mil.
ONU SEM SOLU��O
A reuni�o do Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) realizada ontem terminou sem consenso sobre a conflito. Participantes do encontro afirmaram que as conversas continuar�o, de modo informal daqui em diante, para a costura de documento que reflita uma posi��o de acordo entre todos os membros. Um dos temas da reuni�o foi a cria��o de um corredor humanit�rio que ligue a Faixa de Gaza ao Egito.
A reuni�o do conselho foi antecipada para a pedido do Brasil, que preside o �rg�o neste m�s. O encontro foi comandado pelo ministro das Rela��es Exteriores, Mauro Vieira. Ele disse que o Brasil vai se esfor�ar pela chegada de um acordo dentro do Conselho de Seguran�a e ressaltou a preocupa��o com as mortes no conflito. “Ao final, ap�s pedido de membros do Conselho, o Brasil vai continuar a trabalhar continuamente com todas as delega��es visando uma posi��o unificada do Conselho para a situa��o", afirmou Vieira.
Segundo Vieira, o Brasil vai se esfor�ar para evitar mais “mortes e derramamento de sangue”. Ele tamb�m defendeu, na reuni�o, a libera��o dos cerca de 150 ref�ns feitos pelo Hamas. “O Brasil vai continuar a promover o di�logo entre os membros e a a��o por parte do Conselho atrav�s da abertura de poss�veis vias de negocia��o. O objetivo � claro e imediato: evitar mais derramamento de sangue e perda de vidas, e tentar garantir o acesso humanit�rio urgente e desimpedido �s �reas afetadas", explicou.
O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, pediu a Israel para evitar cat�strofe humanit�ria. “A situa��o em Gaza caiu a um n�vel perigoso. O sistema de sa�de est� � beira de um desastre, os necrot�rios est�o sobrecarregados e h� uma crise de �gua. Precisamos de acesso humanit�rio imediato a Gaza, para levar combust�vel, alimentos e �gua a todos os que precisam”, pediu.