
Um homem nos Estados Unidos foi acusado de assassinato e crimes de �dio depois de supostamente esfaquear duas pessoas porque elas eram mu�ulmanas.
Joseph Czuba, de 71 anos, � acusado de matar um menino de seis anos e ferir uma mulher de 32 anos em Plainfield, no Estado de Illinois.
Eles foram alvo de viol�ncia devido ao atual conflito entre o Hamas e Israel, disse o Gabinete do Xerife do Condado de Will.
O presidente dos EUA, Joe Biden, condenou o ataque � m�e e ao filho, que eram palestinos-americanos.
"Este horr�vel ato de �dio n�o tem lugar na Am�rica e vai contra os nossos valores fundamentais: a liberdade do medo pela forma como rezamos, o que acreditamos e quem somos", disse Biden num comunicado.
"Como americanos, devemos nos unir e rejeitar a islamofobia e todas as formas de intoler�ncia e �dio."
Czuba foi acusado de homic�dio em primeiro grau, tentativa de homic�dio em primeiro grau, crimes de �dio e agress�o.Em comunicado divulgado no domingo (15/10), o Gabinete do Xerife do Condado de Will disse que na manh� de s�bado recebeu uma chamada de emerg�ncia da mulher que disse estar sendo atacada pelo propriet�rio do im�vel onde ela vivia em Plainfield, perto de Chicago.
A mulher disse que "correu para o banheiro e continuou a lutar contra o agressor".
Quando os policiais chegaram ao local, encontraram a mulher e o menino com "m�ltiplas facadas no peito, tronco e extremidades superiores".
Ambas as v�timas foram levadas ao hospital, mas o menino morreu. Posteriormente, foi apurado que a crian�a foi esfaqueada 26 vezes.
"A faca usada neste ataque � uma faca serrilhada de estilo militar de 12 polegadas (31 cm) com l�mina de sete polegadas", disse o gabinete do xerife.
M�dicos acreditam que a mulher, que ficou gravemente ferida, vai conseguir sobreviver ao ataque.
Czuba foi encontrado "sentado do lado de fora, no ch�o, perto da entrada de carros da resid�ncia", disse o comunicado.
Ele foi levado ao hospital para tratamento antes de ser interrogado por detetives.
"Os detetives conseguiram determinar que ambas as v�timas deste ataque brutal foram alvo do suspeito devido ao fato de serem mu�ulmanos e ao conflito em curso no Oriente M�dio envolvendo o Hamas e os israelenses", acrescentou o gabinete do xerife, que n�o divulgou publicamente os nomes das v�timas.
Em uma coletiva de imprensa no domingo, o escrit�rio de Chicago do Conselho de Rela��es Americano-Isl�micas (CAIR-Chicago), grupo de direitos civis nos EUA, nomeou o menino como Wadea al-Fayoume, e sua m�e como Hanaan Shahin.
O grupo afirmou que Wadea nasceu nos EUA, enquanto a sua m�e – origin�ria de Beitunia, na Cisjord�nia – foi para o pa�s h� 12 anos.
O diretor executivo do CAIR-Chicago, Ahmed Rehab, disse que Wadea tinha comemorado seu anivers�rio h� apenas algumas semanas.
"Ele amava sua fam�lia, seus amigos. Amava futebol, amava basquete. E ele pagou o pre�o pela atmosfera de �dio, alteridade e desumaniza��o que, francamente, penso que estamos vendo aqui nos Estados Unidos como resultado da lideran�a irrespons�vel, das declara��es desequilibradas e unilaterais e da cobertura que estamos vendo na m�dia, em autoridades eleitas."
"E alertamos para n�o recriarmos o mesmo erro que cometemos no ambiente p�s 11 de setembro", disse Rehab.
Mais de 1.400 pessoas foram mortas em Israel, quando combatentes do Hamas cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza para atacar civis e soldados.
Em Gaza, mais de 2.450 pessoas foram mortas pelos bombardeios de Israel, dizem as autoridades palestinas, e cerca de 1.000 est�o desaparecidas sob os escombros.