A reuni�o por videoconfer�ncia guardou um minuto de sil�ncio antes de ser iniciada "em homenagem �s v�timas inocentes que perderam suas vidas em Israel e na Palestina. E �s v�timas dos recentes atentados na Europa", indicou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Os dirigentes da UE dever�o revalidar uma Declara��o Conjunta adotada no domingo, que cont�m uma posi��o comum dos 27 pa�ses do bloco sobre o tema.
Depois do ataque de milicianos do Hamas em territ�rio israelense, em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.400 mortos, e dos bombardeios israelenses em repres�lia contra a Faixa de Gaza, com mais de 3.000 mortos at� agora, as institui��es da UE se viram envolvidas em declara��es confusas e contradit�rias, que geraram mal-estar.
Primeiro, o comiss�rio europeu para a Vizinhan�a e Amplia��o, Oliver Varhelyi, anunciou uma suspens�o imediata dos pagamentos de ajuda ao desenvolvimento aos palestinos.
Posteriormente, a Comiss�o Europeia - bra�o executivo da UE - anunciou uma "revis�o urgente" dos programas de ajuda aos palestinos, at� que, finalmente, a presidente da Comiss�o, Ursula von der Leyen, anunciou que a UE triplicaria a ajuda humanit�ria a Gaza, em at� 75 milh�es de euros (pouco mais de R$ 400 milh�es).
As declara��es de Von der Leyen em uma visita a Israel causaram desconforto nas capitais europeias.
Von der Leyen enfatizou o direito do Estado de Israel de se defender, mas omitiu que esta resposta deve se ajustar ao direito internacional, especialmente no que diz respeito � defesa da popula��o civil.
- De volta aos trilhos -
A quest�o do respeito ao direito internacional foi um ponto central nas conversas dos ministros das Rela��es Exteriores do bloco, convocadas pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na ter�a passada.
As controv�rsias levaram Michel a convocar, com urg�ncia, a c�pula virtual desta ter�a-feira.
Um diplomata europeu admitiu que tudo o que rodeou a visita de Von der Leyen a Israel se tratou de um epis�dio "problem�tico" e que agora a prioridade do bloco era "colocar as coisas de volta aos trilhos".
Na Declara��o Conjunta de domingo, os l�deres da UE "enfatizam, energicamente, o direito de Israel de se defender de acordo com o direito humanit�rio e internacional frente a ataques violentos e indiscriminados".
E, em seguida, "reiteram a import�ncia de garantir a prote��o dos civis em todos os momentos, em linha com o Direito Internacional Humanit�rio".
"Estamos prontos para continuar apoiando os civis mais necessitados em Gaza, em coordena��o com os nossos parceiros, garantindo que as organiza��es terroristas n�o abusem dessa assist�ncia", afirmaram os l�deres em sua declara��o.
Em sua incurs�o em Israel, os milicianos do Hamas capturaram cerca de 200 pessoas que levaram a Gaza como ref�ns.
Israel prepara uma invas�o � Faixa de Gaza e exige, desde sexta-feira, a retirada de um milh�o de pessoas que vivem no norte do enclave.
Organiza��es de direitos humanos apelam para que se permita a entrada de ajuda humanit�ria e a sa�da de civis.
BRUXELAS