
Membros da pasta acusam Israel de direcionar o ataque a�reo ao hospital al-Ahli Arab, conhecido como Al-Ma’amadani. "O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, al�m de pessoas for�adas a deixar suas casas devido a ataques israelenses", disse o minist�rio.
As For�as de Defesa de Israel (IDF, na sigla em ingl�s), por sua vez, atribu�ram o ataque � fac��o Jihad Isl�mico e dizem que hospitais n�o s�o seus alvos. "De acordo com informa��es de intelig�ncia, o Jihad Isl�mico � respons�vel pelo disparo fracassado do foguete que atingiu o hospital", diz uma nota.
No X, ex-Twitter, a Defesa afirmou que "uma barragem de foguetes inimigos" estava em dire��o a Israel e passou pelas proximidades do hospital atingido.
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Se confirmados os n�meros de v�timas e a origem do ataque, este seria o ataque a�reo de Israel mais mortal na regi�o desde ao menos 2008. Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjord�nia, declarou tr�s dias de luto oficial pelas v�timas.
A ministra da Sa�de de Gaza, Mai Al-Kaila, chamou o ataque de "a mais terr�vel matan�a contra o povo palestino" cometido pela "ocupa��o" —referindo-se � ocupa��o israelense dos territ�rios palestinos. "A ocupa��o cometeu um massacre, quebrou todas as normas e leis humanit�rias", disse ela.
Ela pediu � ONU e � comunidade internacional que "salvem os palestinos desta aniquila��o em massa".
Em relatos nas redes sociais, a pasta da Sa�de afirma que a maioria dos mortos � formada por mulheres e crian�as, mas n�o detalha os n�meros do ataque que descreve como um "massacre".
Mais cedo, o minist�rio j� havia afirmado que centros hospitalares como o de Ahli Arab estavam entrando em fase de colapso devido �s constantes quedas de energia el�trica e a falta de combust�vel —desde o in�cio da guerra, Israel acirrou o bloqueio que mant�m contra Gaza desde 2007.
Autoridades ligadas aos territ�rios palestinos ocupados j� t�m acusado Tel Aviv de crimes de guerra. Segundo as Conven��es de Genebra, atos que s�o proibidos em conflitos armados —e, portanto, considerados crimes de guerra— incluem ataques intencionais contra a popula��o civil e contra edif�cios hospitalares.
Neste sentido, tamb�m � crime manter civis ref�ns —o que o grupo terrorista Hamas tem feito desde o �ltimo dia 7, quando sequestrou ao menos 200 pessoas em territ�rio israelense.
Fundado em 1882, o Ahli Arab � o hospital mais antigo de Gaza, segundo informa��es de seu pr�prio site. O nome, em �rabe, significa "hospital do povo �rabe". Estima-se que, a cada ano, cerca de 45 mil pessoas sejam atendidas no local.
O pr�dio j� havia sido alvo de outros ataques ao longo destes 11 dias de guerra. A cidade de Gaza, onde est� localizado, fica na por��o norte da faixa de terra hom�nima —a que Tel Aviv insta desde a �ltima sexta (13) a ser esvaziada, indicando que far� uma invas�o por terra.
A dire��o do hospital relatou que, no s�bado (14), foguetes israelenses atingiram a ala de diagn�stico de c�ncer do local, danificando equipamentos de ultrassonografia e mamografia. Na ocasi�o, ao menos quatro funcion�rios teriam ficado feridos.
Autoridades de diversos pa�ses se manifestaram. O Egito, fronteiri�o com Gaza, culpou Israel. A chancelaria eg�pcia disse que o ataque foi "uma s�ria viola��o da lei internacional e dos valores mais b�sicos da humanidade". "Instamos Israel a parar imediatamente suas pol�ticas de puni��o coletiva dos palestinos de Gaza", diz uma nota.