"Os fatores externos e os conflitos no desenvolvimento das rela��es russo-chinesas s�o amea�as comuns que refor�am a coopera��o entre R�ssia e China", declarou.
Putin disse "olhar com otimismo" as "perspectivas" de coopera��o com seu aliado chin�s, indispens�vel para Moscou em um momento em que as san��es ocidentais pesam sobre a economia russa.
O l�der russo falou em uma coletiva de imprensa, poucas horas depois de uma reuni�o com o presidente chin�s, Xi Jinping, que celebrou a "crescente" confian�a entre Pequim e Moscou.
"A confian�a pol�tica m�tua entre os dois pa�ses est� em constante crescimento", disse Xi a seu aliado, segundo a ag�ncia oficial de not�cias Xinhua, no momento em que os dois tentam mostrar sua unidade diante do Ocidente.
De acordo com a mesma fonte, o presidente chin�s pediu aos dois pa�ses para "salvaguardar a equidade internacional" e a "justi�a", destacando sua "coordena��o estrat�gica estreita e eficaz".
Xi destacou que se encontrou com Putin 42 vezes na �ltima d�cada e "ter desenvolvido uma boa rela��o de trabalho e uma amizade profunda" com seu hom�logo.
Os dois se reuniram no Pal�cio do Povo, � margem do F�rum das Novas Rotas da Seda.
- Confronto de blocos -
Muito afetada por san��es impostas por pa�ses ocidentais por sua ofensiva contra a Ucr�nia, a R�ssia tenta estreitar ainda mais seus v�nculos com a China, que parece ter assumido a lideran�a em suas rela��es bilaterais.
Putin � o principal convidado do f�rum que conta com a participa��o de representantes de quase 130 pa�ses, principalmente do Sul. Esta � sua primeira viagem a uma grande pot�ncia mundial desde a invas�o da Ucr�nia em fevereiro de 2022, um evento que isolou a R�ssia no cen�rio internacional.
Na abertura do f�rum, Xi Jinping denunciou o "confronto de blocos".
"Nos opomos �s san��es unilaterais, � coer��o econ�mica, � dissocia��o e � redu��o dos v�nculos econ�micos", declarou.
Em um contexto de tens�es com Pequim, algumas lideran�as pol�ticas na Europa e nos Estados Unidos defendem um "decoupling" ("dissocia��o") com a China, ou seja, cortar qualquer v�nculo econ�mico com o gigante asi�tico, ou pelo menos limitar sua depend�ncia em rela��o ao pa�s.
Pequim n�o participar� de um "confronto ideol�gico, de jogos geopol�ticos ou de um confronto de blocos", frisou Xi Jinping.
- Coopera��o justa -
Moscou e Pequim "compartilham o desejo de uma coopera��o justa no mundo", disse Putin em um discurso, no qual elogiou o "�xito" das Novas Rotas da Seda.
No encontro com seu "querido amigo" Xi Jinping, o presidente russo ressaltou a import�ncia de uma "coordena��o estreita em pol�tica externa" nas "dif�ceis condi��es atuais", segundo um informe do Kremlin.
A China � o parceiro comercial n�mero um da R�ssia, com um com�rcio recorde de US$ 190 bilh�es (R$ 957,6 bilh�es na cota��o do dia) no ano passado.
Xi lembrou a meta de US$ 200 bilh�es (em torno de R$ 1 trilh�o na cota��o do dia) estabelecida por ambos os pa�ses este ano. Tamb�m defendeu as Novas Rotas da Seda, um grande projeto de infraestrutura promovido por Pequim em uma centena de pa�ses, afirmando que "dar�o um novo impulso � economia mundial".
Este f�rum em Pequim acontece no meio da guerra entre Israel e o Hamas.
Vladimir Putin descreveu como uma "trag�dia" o ataque que, na v�spera, matou centenas de pessoas em um hospital de Gaza, enquanto a China disse estar "chocada" e condenou "energicamente" o disparo.
Presente em Pequim, o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, considerou nesta quarta-feira que o ataque do Hamas contra Israel n�o poderia "justificar a puni��o coletiva dos palestinos" em Gaza.
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PEQUIM
Conflitos no mundo 'refor�am' v�nculo R�ssia-China, diz Putin
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