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Estado de Minas KFAR AZA

Sobrevivente de ataque do Hamas volta ao kibutz Kfar Aza pela primeira vez


18/10/2023 17:09
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Amnon Tal � o primeiro a voltar ao kibutz em ru�nas para recuperar o que conseguir, ap�s o ataque islamita de dez dias atr�s. "Vamos � casa da fam�lia Fakter. Tenho que recuperar as coisas deles, vou ligar para eles", diz, enquanto dirige em alta velocidade em meio aos escombros.

Na manh� de 7 de outubro, a comunidade Kfar Aza, localizada a 1,5 km da Faixa de Gaza, foi atacada por dezenas de homens armados do Hamas, vindos do territ�rio palestino. Eles passaram casa por casa para executar seus moradores, segundo as autoridades israelenses.

Durante as horas em que o ataque durou, ao menos 100 dos 700 moradores do kibutz, incluindo crian�as, foram mortos, segundo o ex�rcito israelense.

Falando por telefone com sua vizinha, Amnon Tal passa pela sala destru�da pelos combates, olha no quarto das crian�as e recupera em um arm�rio cart�es comemorativos e um pouco de dinheiro vivo.

No porta-malas de seu carro, leva o retrato emoldurado de um vizinho, que tirou da parede da sala de sua casa, para ser colocado sobre seu caix�o.

As chaves que os vizinhos lhe deram j� n�o servem para nada. Em Kfar Aza, nenhuma casa tem porta ou janela.

- "N�o s�o humanos" -

"As pessoas que fizeram isto n�o s�o humanos, s�o animais, mataram sem problemas, como que para se divertir", afirma.

Em frente � sua casa, a placa com a inscri��o "Fam�lia Tal" est� ca�da na grama. Amnon, um pai de fam�lia israelense de origem indiana, que trabalha na f�brica de pl�sticos local, mostra a pedra do jardim que foi usada por dois agressores para quebrar o vidro de sua porta e invadir sua casa.

"Olhei para l�, atiraram da janela com um kalachnikov", diz, mostrando na cozinha a geladeira perfurada.

O quarto do filho tem marcas de tiros at� mesmo no monitor do v�deo game.

C�psulas douradas dos proj�teis dos fuzis usados pelos islamitas do Hamas cobrem o colch�o do adolescente de 16 anos.

Durante o ataque, Amnon se refugiou com o filho no bunker anti-foguetes da casa - um quarto refor�ado com uma porta blindada que infelizmente abre nos dois sentidos.

Desde que ouviu os primeiros disparos, armado apenas com uma faca de a�ougueiro de 30 cent�metros, teve a boa ideia de tirar a ma�aneta do lado de fora da porta.

"Fiquei assim, com a faca na m�o, durante quatro horas", diz, colado � porta, reproduzindo a cena com os olhos arregalados.

Amnon Tal n�o quer ouvir falar de apoio psicol�gico. Diz ser "muito forte" e que prefere ser �til para sua comunidade, traumatizada.

Sua fam�lia est� abrigada em seguran�a com outros sobreviventes em outro kibutz no centro de Israel.

"N�o vamos voltar enquanto n�o tiverem terminado" com Gaza, diz, apontando para o territ�rio palestino.

Do lado de fora, tanques israelenses e canh�es que apontam para os pr�dios de Gaza atiram a todo momento.

Desde 7 de outubro, os bombardeios deixaram quase 3.500 mortos neste pequeno territ�rio palestino de 2,4 milh�es de habitantes, sitiado por Israel.

Mais de 1.400 pessoas morreram em Israel, a maioria civis executados no dia do ataque do Hamas, que tamb�m sequestrou 199 pessoas, segundo as autoridades israelenses.


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