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Estado de Minas TEL AVIV

Biden nega culpa de Israel em bombardeio a hospital e garante entrada de ajuda em Gaza


18/10/2023 21:37
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, eximiu Israel de responsabilidade, nesta quarta-feira (18), pelo bombardeio que deixou centenas de mortos em um hospital de Gaza, e obteve a autoriza��o do governo israelense para a entrada de ajuda no enclave palestino, cercado desde a invas�o de militantes do Hamas, no �ltimo dia 7.

"Segundo informa��es que temos at� agora, parece que o impacto foi provocado por um foguete desgovernado, lan�ado por um grupo terrorista de Gaza", disse Biden durante uma breve visita a Israel, onde se reuniu com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

O presidente americano tamb�m anunciou que o Egito havia autorizado a entrada de "at� 20 caminh�es" de ajuda humanit�ria na Faixa de Gaza por Rafah, depois que Israel permitiu a entrada de "comida, �gua e rem�dios" no enclave.

A vers�o foi confirmada pouco depois pela presid�ncia eg�pcia, que anunciou em um comunicado o acordo para "fornecer ajuda humanit�ria � Faixa de Gaza atrav�s do terminal de Rafah de forma sustent�vel".

A visita de Biden aconteceu um dia depois do bombardeio ao hospital Ahli Arab, localizado na cidade de Gaza, que comoveu a comunidade internacional e gerou protestos em pa�ses mu�ulmanos.

O ataque deixou 471 mortos, segundo o Hamas, mas um encarregado da intelig�ncia europeia, que n�o quis ser identificado, indicou � AFP que o bombardeio havia deixado "dezenas de mortos, provavelmente entre 10 e 50".

Palestinos e israelenses se acusam mutuamente pelo massacre no enclave, bombardeado diariamente por Israel desde o come�o da guerra desencadeada no �ltimo dia 7 pela ofensiva do Hamas em seu territ�rio, que deixou mais de 1.400 mortos e quase 200 ref�ns sequestrados. Os bombardeios de Israel j� deixaram mais de 3.450 mortos, segundo o Minist�rio da Sa�de de Gaza.

"Esse massacre horr�vel foi realizado com a ajuda de um arsenal militar americano dispon�vel apenas para o ocupante (Israel)", afirmou o Hamas, considerado uma organiza��o terrorista por Estados Unidos, Uni�o Europeia e Israel.

J� o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, garantiu ter provas de que a explos�o no centro de sa�de se deveu "a um foguete da Jihad Isl�mica que falhou", informa��o negada pelo grupo armado.

- Comida, �gua e rem�dios -

Ao concluir sua visita a Tel Aviv, o presidente americano anunciou que o colega eg�pcio, Abdel Fatah al-Sissi, havia autorizado a passagem de "at� 20 caminh�es" com ajuda humanit�ria a Gaza, mas advertiu que, "se o Hamas a confiscar, n�o vai deix�-la passar, ent�o terminar�".

Centenas de caminh�es esperam h� v�rios dias a abertura do posto de Rafah, na fronteira com o Egito, para a entrada de ajuda ao enclave, onde 2,4 milh�es de pessoas est�o ficando sem �gua e comida.

"Diante do pedido do presidente Biden, Israel n�o frustrar� o envio de ajuda humanit�ria via Egito", havia indicado o gabinete de Netanyahu previamente.

O pacto consiste na entrada de "comida, �gua e rem�dios" e ser� v�lido "desde que o fornecimento n�o chegue ao Hamas", ressaltou o comunicado israelense. O documento tamb�m detalha que n�o incluiria a entrada de ajuda no enclave desde Israel enquanto houver ref�ns em Gaza.

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) alertou que a situa��o na Faixa de Gaza, sem energia el�trica e cercada por Israel desde 9 de outubro, "est� se tornando incontrol�vel" devido � falta de �gua, eletricidade e combust�vel.

Em outra demonstra��o de solidariedade a Israel, Biden anunciou que pedir� ao Congresso uma "ajuda sem precedentes" ao pa�s aliado, como parte de um pacote que inclui ajuda � Ucr�nia e Taiwan. Apesar do apoio oferecido, aconselhou o Estado hebreu a n�o se deixar levar "pela raiva" e a evitar "os erros" cometidos por Washington ap�s o 11 de Setembro.

"Depois do 11 de Setembro, sent�amos raiva. Enquanto busc�vamos justi�a e a obt�nhamos, tamb�m cometemos erros", admitiu Biden, afirmando que a guerra refor�ava seu apoio a uma solu��o de dois Estados.

- "� um massacre" -

A visita de Biden a Israel foi marcada pelo bombardeio do hospital em Gaza, qualificado como um "crime contra a humanidade" pela Igreja Episcopal de Jerusal�m, que administra o hospital, e como um "crime de guerra" pela Meia-Lua Vermelha palestina.

A vers�o israelense e americana que isenta o Estado hebraico de responsabilidade foi respaldada pelo chefe de um servi�o de intelig�ncia europeu. De acordo com "pistas s�rias" obtidas por sua ag�ncia, "Israel provavelmente n�o fez isso", afirmou.

Biden havia assegurado que, de acordo com as informa��es transmitidas pelo Departamento de Defesa, o incidente poderia ter sido "provocado por um foguete fora de controle lan�ado por um grupo terrorista de Gaza".

Em Washington, a porta-voz do Conselho de Seguran�a Nacional, Adrienne Watson, indicou que essas conclus�es se baseavam na an�lise de "imagens a�reas e comunica��es interceptadas".

Os apelos por um cessar-fogo se multiplicam nos �ltimos dias diante do temor de que a guerra se espalhe.

O primeiro-ministro brit�nico, Rishi Sunak, visitar� Israel e outros pa�ses da regi�o nesta quinta-feira para tentar uma desescalada no conflito, anunciou seu gabinete.

Entretanto, o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas fracassou em aprovar um projeto de resolu��o do conflito apresentado pelo Brasil, que preside este m�s a principal inst�ncia da ONU. Os Estados Unidos vetaram o texto, que condenava expressamente os "ataques terroristas odiosos" do grupo Hamas, mas n�o reconhecia o direito de Israel � autodefesa.

Enquanto isso, a tens�o aumenta na Cisjord�nia ocupada, onde ocorreram confrontos em Ramallah na ter�a-feira.

Tamb�m na fronteira entre Israel e L�bano, onde ocorrem diariamente trocas de fogo entre o Ex�rcito israelense e o grupo xiita Hezbollah, aliado do Hamas.

Israel tamb�m bombardeou uma posi��o do Ex�rcito s�rio no sul do pa�s, ao mesmo tempo em que foram ouvidas explos�es nas Colinas de Gol�, segundo o Observat�rio S�rio de Direitos Humanos.


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