A morte na sexta-feira de Dominique Bernard, de 57 anos, chocou a Fran�a e trouxe de volta a lembran�a do assassinato, em 2020, do tamb�m professor Samuel Paty, decapitado por um jihadista no noroeste de Paris.
"Sens�vel e discreto, ele n�o gostava do barulho e da f�ria do mundo. Amava profundamente suas filhas, sua m�e e sua irm�. N�s o am�vamos", declarou a esposa de Bernard, Isabelle, na cerim�nia na Catedral de Arras.
Entre os mil participantes, estava o presidente Emmanuel Macron, que horas antes concedeu ao professor a Legi�o de Honra, na categoria de cavaleiro, segundo um decreto publicado no Di�rio Oficial.
A Justi�a ordenou a pris�o preventiva do autor do ataque, Mohammed Mogouchkov - um russo de 20 anos fichado por radicaliza��o - por homic�dio, em rela��o a uma empresa terrorista, entre outros.
"Colocando-se � frente, sem d�vida salvou muitas vidas", disse o presidente no dia do atentado.
Na cerim�nia f�nebre, Macron estava acompanhado de sua esposa, Brigitte Macron, e do ministro da Educa��o, Gabriel Attal.
As autoridades aumentaram o n�vel de alerta na Fran�a para "emerg�ncia de atentado" ap�s sua morte e, desde ent�o, multiplicaram-se os avisos de bomba que levaram � evacua��o de museus e aeroportos por quest�es de seguran�a.
A despedida do professor por parte de seus conhecidos em Arras foi emocionante. Quase 30 funcion�rios da escola em que trabalhava receberam o caix�o em sua chegada � catedral e depositaram flores.
"Ele era am�vel e apaixonado. Gostava de nos ajudar a descobrir a literatura e sempre contava anedotas sobre os autores que apresentava", disse Maxime, um de seus ex-alunos, com a voz embargada, enquanto acompanhava a cerim�nia em um tel�o instalado no centro da cidade.
ARRAS