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Estado de Minas BANDE DE GAZA

Palestinos aguardam desesperados ajuda humanit�ria prometida a Gaza


19/10/2023 11:55
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Os palestinos bloqueados na Faixa de Gaza aguardam desesperados, nesta quinta-feira (19), a entrada dos caminh�es com ajuda humanit�ria prometidos por Estados Unidos e Egito, no 13� dia de uma guerra que n�o d� tr�gua, apesar dos intensos esfor�os diplom�ticos.

Os caminh�es que transportam ajuda humanit�ria para o pequeno territ�rio que tem de 2,4 milh�es de habitantes est�o bloqueados h� v�rios dias na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que viajou a Israel na quarta-feira, afirmou que seu hom�logo do Egito, Abdel Fatah al Sisi, aceitou a entrada de at� 20 caminh�es em Gaza.

Este ser� o primeiro comboio de ajuda para a Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando o grupo palestino Hamas executou um ataque sem precedentes contra Israel, onde matou 1.400 pessoas, a maioria civis, e tomou quase 200 ref�ns.

Desde ent�o, Israel mant�m o territ�rio sob cerco total, com uma onda de bombardeios a�reos e o bloqueio do enclave palestino, al�m de milhares de soldados preparados para uma incurs�o terrestre.

A situa��o em Gaza � cr�tica, com hospitais saturados e mais de 3.785 mortos e quase 12.500 feridos desde o in�cio da repres�lia israelense, segundo os n�meros divulgados pelo minist�rio da Sa�de do territ�rio, controlado pelo Hamas.

Bairros inteiros foram destru�dos e os moradores n�o t�m �gua, alimentos ou energia el�trica.

- "Estamos preparados" -

Dezenas de pessoas se reuniram na manh� de quinta-feira na passagem de Rafah na expectativa de uma autoriza��o para atravessar a fronteira.

"Estamos preparados com nossas malas", disse Mohammed, 40 anos, que trabalha para uma institui��o italiana e aguarda h� tr�s dias com a fam�lia.

Ap�s a visita a Israel e de muitos contatos por telefone com as autoridades do Egito, Biden anunciou que um n�mero limitado de caminh�es deve passar pelo posto de Rafah.

"Queremos a passagem do maior n�mero poss�vel de caminh�es. Acredito que h� quase 150", disse o presidente americano na quarta-feira � noite.

Biden, no entanto, destacou que a entrada de um segundo comboio depender� de "como acontecer� a distribui��o do primeiro".

"Se o Hamas confiscar a assist�ncia, n�o deixar passar (...) ent�o ser� o fim", alertou em uma escala na Alemanha em seu retorno a Washington.

Durante a visita a Israel, o presidente dos Estados Unidos isentou Israel de qualquer responsabilidade no bombardeio do hospital Ahli Arab de Gaza. Palestinos e israelenses trocam acusa��es sobre o ataque.

O minist�rio da Sa�de do territ�rio palestino afirmou que o bombardeou matou 471 pessoas, incluindo deslocados que seguiram para o hospital em busca de ref�gio.

Por�m, uma fonte de um servi�o de intelig�ncia europeu entrevistada pela AFP afirmou que o n�mero de v�timas seria muito menor.

"N�o h� 200 nem 500 mortos, talvez algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50", disse a fonte, que pediu anonimato. O porta-voz do Ex�rcito israelense, Jonathan Conricus, tamb�m questionou o n�mero de 471 mortos divulgado pelo Hamas: "Onde est�o todos os corpos?", perguntou.

Fotos e v�deos feitos pela AFP mostram dezenas de corpos debaixo de len��is ou em sacos pretos.

"Com base nas informa��es que temos at� o momento, parece que (o ataque contra o hospital Ahli Arab) foi resultado de um foguete fora de controle disparado por um grupo terrorista de Gaza", disse Biden, que mencionou provas do Pent�gono.

- "Evid�ncias" -

Israel afirma ter "evid�ncias" de que a Jihad Isl�mica, outro movimento islamita palestino, foi respons�vel pelo ataque contra o hospital.

Segundo a Jihad Isl�mica, grupo aliado do Hamas e considerado terrorista por Estados Unidos, Uni�o Europeia e Israel, uma bomba lan�ada por um avi�o das For�as Armadas de Israel provocou a trag�dia.

Milhares de pessoas protestaram na quarta-feira nos pa�ses �rabes para expressar indigna��o com o ataque, que os manifestantes atribuem a Israel, apesar das negativas do pa�s.

Grandes manifesta��es aconteceram em Am�, Tunes, Beirute, Damasco e outras capitais ap�s o ataque, que gerou apelos por um "dia de f�ria" em todo o mundo �rabe.

V�rios pa�ses atuam para evitar uma conflagra��o regional. O primeiro-ministro brit�nico, Rishi Sunak, visita Israel nesta quinta-feira para pedir o fim da escalada b�lica.

O presidente eg�pcio e o rei Abdullah II da Jord�nia exigiram o fim "imediato" das hostilidades e acusaram Israel de infligir uma "puni��o coletiva" � Faixa palestina atrav�s do "cerco, fome infligida e deslocamento for�ado" de seus habitantes, segundo Am�.

Os dois pa�ses, que j� atuaram diversas vezes como mediadores entre israelenses e palestinos, s�o contr�rios a um "deslocamento for�ado" de palestinos para seus territ�rios.

A tens�o tamb�m persiste na fronteira com o L�bano, onde o Ex�rcito israelense e o grupo Hezbollah executam ataques, assim como na Cisjord�nia, onde 64 palestinos, incluindo 18 crian�as, morreram desde 7 de outubro, segundo os dados mais recentes da ONU.

As tens�es tamb�m permanecem na Cisjord�nia ocupada, onde as for�as israelenses mataram sete palestinos em incidentes separados nesta quinta-feira, segundo o Minist�rio da Sa�de palestino.

Ao menos 73 palestinos morreram na Cisjord�nia por for�as israelenses ou colonos desde o in�cio do conflito, em 7 de outubro, disse a mesma fonte.

A fronteira com o L�bano tamb�m n�o foi poupada e h� trocas di�rias de disparos entre o Ex�rcito israelense e o Hezbollah liban�s.


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