(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas FAIXA DE GAZA

Hamas liberta 2 ref�ns dos EUA retidas em Gaza, que espera ajuda


20/10/2023 22:52
436

Duas americanas sequestradas em 7 de outubro foram libertadas nesta sexta-feira (20) pelo Hamas ap�s media��o do Catar, no que parece uma primeira "luz de esperan�a" para os mais de 200 ref�ns em Gaza, em meio � guerra entre Israel e o movimento islamista palestino.

As ref�ns, identificadas pelo governo israelense como Judith Tai Raanan e sua filha Natalie Shoshana Raanan, chegaram bem a Israel, anunciou na noite de hoje o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Por sua vez, o Hamas publicou um v�deo no qual aparecem as duas ref�ns libertadas e atendidas pelo pessoal do Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Essa organiza��o humanit�ria classificou a liberta��o como uma "luz de esperan�a" para as fam�lias das pessoas que continuam retidas em Gaza.

O territ�rio palestino, no qual vivem 2,4 milh�es de habitantes em condi��es bastante dif�ceis, aguarda h� alguns dias a chegada de ajuda humanit�ria, que, por ora, se acumula na passagem de Rafah, na fronteira com Egito.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na quarta-feira um acordo com o pa�s �rabe para permitir um primeiro comboio de at� 20 caminh�es carregados com rem�dios, comida e �gua.

O presidente acredita que os primeiros caminh�es v�o chegar "nas pr�ximas 24 a 48 horas" ao territ�rio empobrecido de 362 km�, que se encontra em uma situa��o "mais que catastr�fica", segundo as Na��es Unidas.

Em visita ao Egito, o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, enfatizou que o tempo urge. "Estes caminh�es n�o s�o s� caminh�es, s�o salva-vidas, representam uma diferen�a de vida ou morte para tanta gente em Gaza", declarou.

Ao menos 4.137 pessoas morreram na Faixa de Gaza nos bombardeios lan�ados diariamente por Israel em resposta ao ataque do Hamas de 7 de outubro, de acordo com o Minist�rio da Sa�de palestino.

A incurs�o do grupo islamista deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, segundo o Ex�rcito israelense. Desde ent�o, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e mant�m dezenas de milhares de soldados estacionados em frente � Faixa para uma poss�vel invas�o terrestre.

- 'Experi�ncia terr�vel' -

As americanas libertadas, capturadas no kibutz Nahal Oz, j� est�o em territ�rio israelense, indicou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, depois que o Hamas havia anunciado em comunicado que as tinha soltado "por motivos humanit�rios, ap�s a media��o do Catar".

Majed al Ansari, porta-voz do Minist�rio das Rela��es Exteriores do pa�s do Golfo, que abriga o escrit�rio pol�tico do grupo islamista, assinalou que a liberta��o ocorreu "ap�s v�rios dias de comunica��o continua entre todas as partes envolvidas".

"Esperamos que estes esfor�os levem � liberta��o de todos os ref�ns civis de todas as nacionalidades", acrescentou o porta-voz.

Trata-se da primeira liberta��o de ref�ns confirmada por ambas as partes. O Hamas assegurou que est� trabalhando "com todos os mediadores envolvidos para aplicar a decis�o do movimento de encerrar o caso dos [ref�ns] civis, se as condi��es de seguran�a apropriadas permitirem".

Horas antes, o Ex�rcito israelense afirmou que a maioria dos ref�ns seguia viva e que mais de 20 eram menores.

"Nossas compatriotas viveram uma experi�ncia terr�vel nestes �ltimos 14 dias e estou muito contente que elas estar�o com sua fam�lia em breve", reagiu Biden.

- Gaza � espera de ajuda -

O presidente americano, do Parido Democrata, pediu nesta sexta ao Congresso um pacote de mais de US$ 105 bilh�es (RS 528,35 bilh�es) para a Ucr�nia, a fronteira com o M�xico e Israel. Mas esta proposta pode ficar bloqueada, pois a C�mara dos Representantes, que � controlada pelos republicanos, continua paralisada.

Enquanto isso, o Ex�rcito israelense continua bombardeando Gaza e garantiu ter atingido mais de 100 alvos do Hamas durante a noite.

Rep�rteres da AFP ouviram fortes explos�es e viram colunas de fuma�a no norte da Faixa, de onde tamb�m s�o disparados foguetes contra Israel.

Em uma visita �s dezenas de milhares de soldados estacionados pr�ximos de Gaza, Netanyahu os instou a "lutar como le�es".

O ministro da Defesa Yoav Gallant apresentou nesta sexta � Comiss�o Parlamentar de Rela��es Exteriores e Defesa o plano em "tr�s fases" da opera��o militar em curso.

O objetivo, ressaltou, � "a neutraliza��o dos terroristas", a implementa��o de "uma nova realidade de seguran�a para os cidad�os de Israel" e o "fim das responsabilidades de Israel" em Gaza.

Ap�s o ataque do Hamas, Israel imp�s um cerco total � Faixa e determinou a evacua��o da parte norte do territ�rio com vistas a uma poss�vel invas�o.

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estimou na quinta-feira que o n�mero total de deslocados dentro da Faixa, que est� submetida a um bloqueio de Israel desde a chegada do Hamas ao poder em 2007, "pode ter chegado a um milh�o".

Os habitantes sobrevivem em meio �s ru�nas e esperam a chegada da ajuda humanit�ria

Mas, segundo o diretor para situa��es de emerg�ncia da OMS, Michael Ryan, o acordo conseguido por Biden � apenas uma "gota de �gua em um oceano de necessidades". "Seriam necess�rios 2.000 caminh�es" para aliviar a situa��o no territ�rio palestino, insistiu.

Cerca de 175 caminh�es aguardam diante da passagem de Rafah, o �nico ponto de entrada para a Faixa de Gaza que n�o est� controlado por Israel.

Uma fonte de seguran�a eg�pcia garantiu para a AFP que j� foram retirados os blocos de concreto instalados na passagem ap�s o in�cio dos bombardeios israelenses.

Os eg�pcios tamb�m correm contra o tempo para reparar a estrada que leva ao territ�rio.

O conflito aumentou os temores de que a viol�ncia se expanda para outros pa�ses do Oriente M�dio.

A guerra inflamou paix�es em toda a regi�o, com protestos em v�rios pa�ses, em especial no Egito, onde milhares de pessoas lotaram a emblem�tica pra�a Tahrir em apoio a Gaza.

A tens�o tamb�m � grande na Cisjord�nia ocupada, onde pelo menos 81 pessoas morreram desde o in�cio da guerra, e na fronteira com o L�bano, onde ocorrem trocas di�rias de disparos entre as tropas israelenses e o movimento xiita liban�s Hezbollah, apoiado pelo Ir� e aliado do Hamas.

O presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, assegurou que seu governo enviou mensagens "muito diretas" ao Hezbollah para evitar uma escalada do conflito.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)