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Estado de Minas BUENOS AIRES

Sergio Massa e Javier Milei disputar�o segundo turno na Argentina


22/10/2023 23:35
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O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, um peronista de centro-esquerda, e o l�der ultraliberal e antissistema Javier Milei disputar�o no segundo turno a presid�ncia, de acordo com resultados parciais divulgados neste domingo (22).

Massa, um advogado de 51 anos e candidato da coaliz�o Uni�o pela P�tria, obteve 36,15% dos votos, enquanto Milei ficou com 30,31%, segundo a apura��o de 83,26% das urnas.

Nos arredores da sede da campanha da Uni�o pela P�tria, ouvia-se trombetas e tambores. Cerca de dois mil simpatizantes reunidos do lado de fora gritavam "Massa presidente!".

"Massa fez uma campanha muito boa, especialmente no final. Ele se conectou com as pessoas e o peronista percebeu que do outro lado est� o inimigo do povo", disse � AFP o pedreiro Jonatan Pagano, de 36 anos.

Dora Castro, uma m�dica de 69 anos, afirmou que "votar em democracia � sempre maravilhoso, e queremos continuar vivendo assim".

Massa, a principal figura do governo de centro-esquerda neste pa�s imerso em uma crise econ�mica que parece n�o ter fim, com infla��o de 140%, optou por permanecer no cargo de ministro com a ideia de que "a campanha � a gest�o".

- O segundo turno -

Estas elei��es foram marcadas pelo crescimento de Milei, que era o favorito nas pesquisas ap�s sacudir o cen�rio pol�tico da Argentina.

"Estamos preparados para fazer o melhor governo da Hist�ria", declarou Milei ao votar neste domingo, dia em que completou 53 anos.

A chegada do candidato da coaliz�o Liberdade Avan�a em seu local de vota��o agitou a multid�o, que o aclamou e lan�ou flores.

J� � noite, em frente � sede da campanha de Milei, Gast�n Rivero, de 35 anos, parecia surpreso. "N�o esperava esse resultado", contou � AFP, embora tenha expressado sua confian�a em uma vit�ria no segundo turno.

O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhou o candidato ultraliberal. "Acredito que no primeiro ou no segundo turno, Milei vencer�, que esse movimento � impar�vel, que as pessoas n�o est�o aqui porque foram pagas, est�o voluntariamente", afirmou.

Para o analista pol�tico e consultor Ra�l Timerman, Milei acabou assustando uma parte do eleitorado com suas propostas extremistas e n�o conseguiu aumentar seu n�mero de votos em compara��o com as prim�rias de agosto, quando obteve o primeiro lugar com 30%.

Milei pretende dolarizar a economia, acabar com o Banco Central, reduzir drasticamente os gastos p�blicos, eliminar o Minist�rio da Mulher e revogar a lei do aborto, entre outras propostas.

"A motosserra (que ele exibia como s�mbolo dos cortes que visa fazer) que no in�cio parecia engra�ada, tornou-se um elemento assustador", explicou.

Por outro lado, Massa "foi percebido como o mais capaz de presidir o pa�s em uma situa��o de caos como a que estamos vivendo", acrescentou.

- Sem parab�ns -

Patricia Bullrich, ex-ministra da Seguran�a e candidata da alian�a de centro-direita Juntos pela Mudan�a, ficou em terceiro lugar (23,71%).

A l�der de direita, por�m, n�o revelou a quem apoiar� no segundo turno. "Nossos valores n�o est�o � deriva, n�o se vendem nem se compram, n�o os vamos negociar", declarou em seu primeiro discurso ap�s a derrota.

Massa e Milei disputar�o o segundo turno em 19 de novembro. Para vencer no primeiro turno, algu�m teria que obter 45% dos votos ou 40% com uma diferen�a de 10 pontos em rela��o ao segundo colocado.

Com presen�a na pol�tica desde 2021, quando foi eleito deputado, Milei atraiu em especial o voto de homens jovens de classes m�dia e baixa, segundo pesquisas de opini�o, ainda que sua figura tenha influ�ncia em todos os setores da sociedade.

Juan Negri, cientista pol�tico da Universidade Torcuato di Tella, destacou que a sociedade argentina vive "um momento de muita frustra��o" e atravessa "um per�odo de antipol�tica".

- Contra o status quo -

Vivendo na terceira maior economia da Am�rica Latina, historicamente os argentinos t�m orgulho de sua ampla classe m�dia. Por�m, a tend�ncia mudou na �ltima d�cada, e a taxa de pobreza chega a 40% da popula��o.

Com a economia estagnada, em 2018 o pa�s assinou um compromisso com o Fundo Monet�rio Internacional para um programa de cr�dito de 44 bilh�es de d�lares (R$ 160,8 bilh�es, na cota��o da �poca), que exige uma redu��o significativa do d�ficit fiscal.

Al�m da presid�ncia, os argentinos definiram neste domingo metade das cadeiras da C�mara dos Deputados e um ter�o do Senado. A participa��o foi de 74% dos 35,8 milh�es de eleitores.

O novo presidente assumir� o cargo em 10 de dezembro, para um mandato de quatro anos.


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