O seu regresso � capital francesa n�o poderia ter sido mais triunfante. Depois de uma �ltima temporada discreta no Paris Saint-Germain, na qual, embora tenha vencido a Ligue 1, se despediu na segunda fase da Liga dos Campe�es, e ainda recebeu algumas vaias da torcida no Parque dos Pr�ncipes, o jogador da cidade de Rosario foi ovacionado pelo teatro Ch�telet, apesar de ter derrotado a Fran�a na final do Mundial.
Porque poucas vezes os sete jogos da Copa tiveram tanto peso na conquista do mais prestigiado pr�mio individual do futebol mundial, que celebrou nesta segunda-feira a sua 67� edi��o.
- Copa do Mundo decisiva -
A altera��o do regulamento que estabelece o in�cio e o fim da temporada entre agosto e julho, como per�odo de contabiliza��o do desempenho dos jogadores em detrimento do ano natural, permitiu a inclus�o da Copa do Mundo do Catar.
"N�o seria l�gico n�o dar a Bola de Ouro ao melhor jogador da hist�ria, num ano em que venceu a Copa do Mundo", disse o belga Eden Hazard no domingo no programa de televis�o franc�s T�l�foot.
Messi contribuiu para a terceira estrela no peito da sele��o 'Albiceleste' com sete gols, dois deles na final, e marcando em seis dos sete jogos disputados pela sele��o argentina.
Embora na temporada 2022-2023 tenha conquistado uma nova Ligue 1 com o PSG, ele n�o conseguiu se despedir do futebol europeu vencendo uma quinta Liga dos Campe�es, apesar de jogar ao lado de Neymar e Kylian Mbapp�, vice-campe�o mundial.
J� na Bola de Ouro anterior, a s�tima em sua galeria, em 2021, a Copa Am�rica conquistada com sua sele��o, que p�s fim a v�rias d�cadas de decep��es, teve peso decisivo na vota��o.
- 14 anos de diferen�a -
Mais de 14 anos se passaram desde seu primeiro pr�mio de melhor jogador do mundo, e mais de duas d�cadas desde que o Barcelona tomou conhecimento de uma crian�a com um dom especial para jogar futebol, que s� precisava de um tratamento hormonal caro para se desenvolver fisicamente, algo que seu clube, o Newell's Old Boys, n�o tinha condi��es de pagar.
O Bar�a aceitou o desafio e o resto � hist�ria.
Quatro Champions Leagues, dez Ligas, sete Copas do Rei, tr�s Mundiais de Clubes, oito Supercopas da Espanha e tr�s Supercopas Europeias.
Depois de estrear no Bar�a sob o comando de Frank Rijkaard, Messi adquiriu a aura de estrela planet�ria com Pep Guardiola � beira do campo, e bem acompanhado por Andr�s Iniesta, Xavi Hern�ndez e, mais recentemente, por Luis Su�rez e Neymar.
Com a equipe 'cul�' marcou 672 gols em 778 jogos, atrav�s de uma transi��o bem-sucedida do atacante para a fun��o de 'falso 9' com presen�a em todos os setores do ataque.
Seus sucessos no Bar�a contrastaram com as recorrentes decep��es com a Albiceleste - derrotas nas finais de Copa Am�rica em 2007, 2015 e 2016 e da Copa do Mundo de 2014 -, que continuaram a alimentar compara��es com Diego Maradona, no qual nem sempre sa�a vencedor.
Sua atua��o no PSG parecia distanci�-lo de qualquer chance de reencontrar a Bola de Ouro, mas ent�o veio a Copa do Mundo do Catar para que as palavras do t�cnico que talvez o conhe�a melhor fa�am mais sentido.
"A Bola de Ouro deveria ter duas categorias, uma para Messi e outra para os demais", disse Pep Guardiola.
PARIS