O Minist�rio P�blico do Marrocos anunciou ontem a abertura de uma investiga��o ap�s um "disparo de proj�teis" ter deixado um morto e tr�s feridos na noite anterior em Smara, no territ�rio disputado do Saara Ocidental.
"N�o acusamos ningu�m, porque estamos esperando que os resultados dessa investiga��o sejam conclusivos", disse hoje o embaixador marroquino na ONU, Omar Hilale. "No entanto, n�o podemos ignorar que existe um conjunto de provas contundentes", acrescentou, afirmando que o fato de a Frente n�o ter negado o incidente, "o seu sil�ncio, confirma que eles est�o por tr�s dessas explos�es".
O representante da Frente Polis�rio, Sidi Omar, mencionou um comunicado militar do movimento em que reconhecia ter atacado "os setores de Smara, Mahbas e Farsia". "N�o foi a primeira vez, estamos em uma guerra aberta."
Apesar de a Frente Polisario estar "em estado de guerra de autodefesa" e de todo o Sahara Ocidental ser considerado uma zona de guerra, Omar afirmou que a organiza��o separatista "nunca atacou civis em sua guerra de liberta��o contra o Marrocos". "Desafiamos qualquer um a provar o contr�rio."
Omar deu essas declara��es ap�s a decis�o do Conselho de Seguran�a de prorrogar por um ano a miss�o da ONU de manuten��o da paz no Sahara Ocidental. Na aus�ncia de uma regulamenta��o definitiva, a ONU considera a ex-col�nia espanhola "um territ�rio n�o aut�nomo".
O conflito entre o Marrocos e os separatistas da Frente Polis�rio, apoiados pela Arg�lia, j� dura quase 50 anos.
NOVA YORK