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Estado de Minas NOVA YORK

Clamor na ONU para deter 'espiral de morte' em Gaza


31/10/2023 21:04
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O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, e o alto comiss�rio da Ag�ncia das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, pediram nesta ter�a-feira (31) que se interrompa "a espiral de morte" em Gaza com "um cessar-fogo humanit�rio".

Em viagem � regi�o montanhosa do Everest, no Nepal, Guterres manifestou preocupa��o com "a intensifica��o do conflito entre Israel e o Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza", com consequ�ncias para a popula��o civil.

"Isso inclui a expans�o das opera��es terrestres das for�as militares israelenses, acompanhadas de ataques a�reos intensos, assim como o lan�amento cont�nuo de foguetes a partir de Gaza em dire��o a Israel", assegurou o chefe das Na��es Unidas.

Da tribuna do Conselho de Seguran�a, do qual participou para falar sobre a crise dos refugiados no mundo, Fillippo Grandi, pediu um "cessar-fogo humanit�rio" para que a ajuda possa entrar na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde os ataques executados pelo movimento islamita palestino Hamas em 7 de outubro em territ�rio israelense.

"Um cessar-fogo humanit�rio pode pelo menos parar esta espiral de morte", disse, antes de implorar aos 15 membros do Conselho que "superem suas divis�es e exer�am sua autoridade fazendo este apelo ante sua incapacidade de aprovar nenhuma das quatro resolu��es apresentadas em menos de duas semanas.

"As decis�es que voc�s tomam ou deixam de tomar marcar�o todos n�s, e as gera��es futuras", advertiu.

"O desprezo pelas regras b�sicas da guerra - o direito humanit�rio internacional - est� se tornando cada vez mais a norma e n�o a exce��o", denunciou, ao se referir tanto aos "ataques" contra civis israelenses do Hamas quanto ao "massacre de civis palestinos e � destrui��o maci�a de infraestruturas, causados pela atual opera��o militar israelense".

Mauro Vieira, chanceler do Brasil, que presidiu o Conselho de Seguran�a em outubro, comprometeu-se a continuar as conversas com os demais membros "para atingir um acordo em torno da situa��o urgente e grave no Oriente M�dio", ao fazer um balan�o do m�s.

- 'Sem solu��o justa n�o haver� paz' -

Aos 1.400 mortos do Hamas em Israel se somam os mais de 8.500 palestinos - 70% de crian�as e mulheres - que perderam a vida na Faixa de Gaza na resposta militar israelense, segundo dados das autoridades locais.

"A prioridade �, naturalmente, permitir a entrada de mais mantimentos em Gaza para ajudar a popula��o (...) antes que a crise humanit�ria se torne insustent�vel", disse.

Ao ser questionado, ap�s o fim de sua interven��o no Conselho de Seguran�a, sobre as raz�es pelas quais os palestinos n�o fogem para o Egito, Grandi respondeu: "Os palestinos n�o querem sair de Gaza. Querem que a ajuda chegue a Gaza, e essa deveria ser a prioridade."

"N�o haver� paz na regi�o, nem no mundo, sem uma solu��o justa para o conflito israelense-palestino, que inclua o fim da ocupa��o israelense", afirmou, fazendo uma advert�ncia que tem se repetido nas �ltimas semanas.

Tanto para Guterres quanto para Grandi, o risco � de que o conflito ultrapasse as fronteiras de Gaza. Este �ltimo mencionou outros conflitos, como os da Ucr�nia, do Sud�o, do Sahel, da Rep�blica Democr�tica do Congo e da Arm�nia, entre outros.

Grandi tamb�m citou a Am�rica Central, onde "as crises n�o resolvidas s�o agravadas pelo crime, inclusive por gangues que causam deslocamentos". Esses conflitos, lembrou, fizeram com que haja mais de 114 milh�es de refugiados e deslocados no mundo, contra 108 milh�es no fim do ano passado.

Cada nova crise "parece empurrar as anteriores para um esquecimento perigoso. Mas elas permanecem conosco", ressaltou Grandi.


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