"Vamos come�ar primeiro com a reforma do Estado, para colocar as contas p�blicas em caixa muito rapidamente", declarou nesta segunda-feira (20) � R�dio Mitre o economista ultraliberal, que obteve uma vit�ria contundente nas urnas no domingo.
Em uma s�rie de entrevistas a emissoras de r�dio, Milei afirmou ter um "plano claro" para enfrentar a crise econ�mica enfrentada pela Argentina, com uma infla��o anualizada superior a 140% e um �ndice de pobreza de 40%.
Nesse sentido, explicou que para reduzir o n�vel da infla��o � preciso primeiro frear a quest�o monet�ria - com a qual se financia o Estado argentino -, um processo que pode levar at� dois anos.
"A evid�ncia emp�rica do caso argentino diz que se voc� cortar hoje a emiss�o monet�ria, esse processo leva entre 18 e 24 meses para destru�-la e lev�-la aos n�veis internacionais mais baixos", afirmou.
Sobre a reforma do Estado, Milei considerou que "tudo o que puder estar nas m�os do setor privado vai estar nas m�os do setor privado", apontando entre as empresas a privatizar a petrol�fera YPF e os ve�culos de comunica��o estatais.
O presidente eleito garantiu que promover� a elimina��o do controle cambial, mas que para isso procurar� primeiro resolver a d�vida emitida pelo Banco Central, entidade que, reiterou, eliminar� "porque � uma quest�o de �ndole moral: roubar � errado".
"Se o problema do Banco Central n�o for resolvido, a sombra da hiperinfla��o nos perseguir� o tempo todo", enfatizou.
Em suas declara��es, Milei suavizou sua proposta pol�mica de dolarizar a economia. "O eixo central � fechar o Banco Central, depois a moeda ser� aquela que os argentinos escolherem livremente", afirmou.
Sobre a elimina��o das restri��es � compra de moedas estrangeiras que vigoram desde 2019, sublinhou que "n�o � uma op��o manter esta armadilha que trava a economia".
Milei deve se reunir nesta segunda-feira com o presidente peronista de centro-esquerda, Alberto Fern�ndez.
"Ele me ligou para me dar os parab�ns e me convidou para uma reuni�o para fazer a transi��o da forma mais ordenada poss�vel", disse.
Milei indicou ainda que viajar�, em visita privada, aos Estados Unidos e a Israel antes de assumir o cargo em 10 de dezembro.
BUENOS AIRES