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Estado de Minas PARIS

Quando fezes se tornam em medicamentos


04/12/2023 15:17
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As empresas biofarmac�uticas est�o desenvolvendo cada vez mais f�rmacos � base de mat�ria fecal, aproveitando os bilh�es de microrganismos que habitam o intestino humano.

A companhia biotecnol�gica francesa MaaT Pharma tem uma nova f�brica na regi�o de Lyon, a maior da Europa dedicada exclusivamente a medicamentos baseados na microbiota encontrada na mat�ria fecal.

O objetivo � melhorar a sobreviv�ncia dos pacientes com c�ncer e sua resposta �s imunoterapias, restaurando sua microbiota danificada pelos tratamentos intensivos.

A planta est� trabalhando em um medicamento chamado MaaT013, atualmente em fase final de ensaios cl�nicos, para tratar uma doen�a rara de rejei��o que ocorre ap�s um transplante de c�lulas-m�e em c�nceres do sangue e que pode provocar a morte.

Os primeiros resultados do ensaio s�o esperados para meados de 2024, mas o rem�dio j� est� dispon�vel em v�rios pa�ses europeus para pessoas que precisam com urg�ncia.

A farmac�utica espera comercializar 9.000 doses por ano deste medicamento.

A empresa recebe os excrementos em uma esp�cie de penico herm�tico, fornecido por uma empresa de coleta na regi�o de Nantes.

A mat�ria fecal chega de trem e caminh�o � planta, em caixas criog�nicas a 5 �C, e � processada em at� 72 horas depois de ter sido produzida.

O objetivo � misturar as fezes dos doadores para obter a chamada "medula substancial", uma microbiota rica e variada que depois � injetada nos pacientes no hospital por via retal, como um enema, para recolonizar seu sistema digestivo e restaurar sua microbiota alterada.

- Doadores -

De 3.000 volunt�rios que preenchem o formul�rio para fazer uma doa��o de mat�ria fecal, "apenas 30 atendem aos crit�rios de boa sa�de digestiva e mental", explica a respons�vel de produ��o da f�brica, C�cile Billa-Nys, que lembra que existe um v�nculo entre a sa�de mental e a microbiota.

"� como para a doa��o de sangue, mas um pouco mais avan�ado", aponta.

Os doadores, recrutados por meio das redes sociais e em campi universit�rios algumas semanas antes do in�cio da produ��o, devem se submeter, para receber uma compensa��o, a "an�lises de sangue a cada 60 dias e an�lises di�rias de fezes".

"S�o verificados 25 par�metros pat�genos diferentes" no excremento, explica Caroline Schwintner, diretora de desenvolvimento tecnol�gico da MaaT Pharma.

Tamb�m verificam a rastreabilidade, a consist�ncia e o aspecto visual do material biol�gico e depois adicionam um diluente para proteger as bact�rias durante o congelamento.

A subst�ncia � distribu�da em bolsas, que s�o colocadas em uma incubadora a 5 �C e ent�o congeladas.

A farmac�utica tamb�m est� estudando a possibilidade de colocar o medicamento em c�psulas (MaaT033) para melhorar a sobreviv�ncia de pacientes com c�nceres do sangue e com a doen�a de Charcot.

Outras biotecnologias francesas est�o interessadas neste novo horizonte terap�utico.

A Exeliom Biosciences est� desenvolvendo um f�rmaco que explora as propriedades antiinflamat�rias da Faecalibacterium prausnitzii, considerada a "bact�ria estrela do intestino".


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