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Estado de Minas

Covax, a coaliz�o de 165 pa�ses para garantir vacina contra coronav�rus �s na��es mais pobres

O objetivo � ter o compromisso dos pa�ses de distribuir equitativamente 2 bilh�es de doses da vacina contra o coronav�rus em 2021. Embora tenha conquistado o apoio de 175 na��es, v�rias pot�ncias se abstiveram de participar.


01/09/2020 15:46 - atualizado 02/09/2020 16:02

Obter uma vacina com eficácia comprovada não será suficiente para conter a pandemia, pois será necessário garantir sua distribuição(foto: Reuters)
Obter uma vacina com efic�cia comprovada n�o ser� suficiente para conter a pandemia, pois ser� necess�rio garantir sua distribui��o (foto: Reuters)

Das dezenas de vacinas para covid-19 que hoje est�o em desenvolvimento no mundo, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) acredita que "a maioria n�o ter� sucesso".

Menos de 10 dos cerca de 170 projetos de vacinas contra o Sars-CoV-2, o v�rus que causa a covid-19, est�o na fase 3 de seus testes, que define seu sucesso ou fracasso.

"Os governos est�o sob press�o para garantir o abastecimento de suas popula��es daqueles vacinas que tiverem sucesso. Se os governos competirem, a maioria dos pa�ses pode ficar de fora", alerta a OMS.

Portanto, em meio a essa disputa, pelo menos 165 pa�ses manifestaram interesse em fazer parte de uma coaliz�o que visa garantir o acesso igualit�rio a uma vacina que funcione. A iniciativa foi batizada de Covax.

Dos 165 pa�ses, pelo menos 75 j� se apresentaram como financiadores para desenvolver um "portf�lio" de vacinas com as melhores chances de sucesso, informou a OMS.

Essas na��es concordaram em compartilhar o poss�vel sucesso de uma ou mais dessas vacinas com 90 outros pa�ses com menos possibilidades econ�micas ou sistemas de sa�de mais fracos. No total, 60% da popula��o mundial teria acesso � vacina��o.

A Rússia iniciou a produção de sua própria vacina, mas eficácia e disponibilidade ainda não são conhecidos(foto: Reuters)
A R�ssia iniciou a produ��o de sua pr�pria vacina, mas efic�cia e disponibilidade ainda n�o s�o conhecidos (foto: Reuters)

Para Seth Berkley, diretor executivo da Funda��o Gavi, que co-dirige a iniciativa com a Coaliz�o para Inova��es em Prepara��o para Epidemias (Cepi) e a OMS, a Covax pode ser a �nica solu��o verdadeiramente global.

"Para a grande maioria dos pa�ses, quer eles possam pagar suas pr�prias doses ou precisem de assist�ncia, a coopera��o significa receber uma parte garantida das doses e evitar ficar no fim da fila", disse ele a uma assembleia da OMS.

Argentina, Brasil e M�xico est�o entre os pa�ses latino-americanos que se manifestaram a favor da alian�a Covax.

No entanto, grandes economias como Estados Unidos, China, Uni�o Europeia e R�ssia indicaram que n�o far�o parte da coaliz�o por enquanto.

Isso levanta preocupa��es de que a atual pandemia se agrave, como aconteceu em 2009 com a crise do H1N1. Na ocasi�o, alguns pa�ses tentaram imunizar toda a sua popula��o em vez de respeitar a orienta��o internacional de vacinar os mais vulner�veis de todos os pa�ses.

Qual � o plano?

Projetos de vacinas que afirmam estar na avan�ada fase 3, como da R�ssia, China ou da Universidade de Oxford-AstraZeneca, ainda n�o provaram sua efic�cia em grupos de massa.

Mesmo assim, v�rios pa�ses j� concordaram em produzi-los em larga escala, como a associa��o Argentina-M�xico para produzir e distribuir a vacina Oxford-AstraZeneca na Am�rica Latina.

Como apontam os especialistas, trata-se de uma aposta: ao mesmo tempo em que voc� economiza tempo produzindo a vacina mesmo sem ter garantia de sua efic�cia, voc� pode perder tudo se ela n�o passar nos �ltimos testes.

A vacina Oxford-AstraZeneca será produzida e embalada entre o México e a Argentina, embora seus testes ainda não tenham sido concluídos(foto: OXFORD UNIVERSITY/John Cairns)
A vacina Oxford-AstraZeneca ser� produzida e embalada entre o M�xico e a Argentina, embora seus testes ainda n�o tenham sido conclu�dos (foto: OXFORD UNIVERSITY/John Cairns)

Diante desse problema, a OMS afirma que todos os pa�ses da Covax "compartilhar�o os riscos associados ao desenvolvimento de vacinas" por meio da cria��o de um fundo global de financiamento.

Eles v�o investir na fabrica��o antecipada de vacinas candidatas de seu portf�lio "assim que seu sucesso for demonstrado". E v�o somar as aquisi��es dessas vacinas "para atingir volumes suficientes" no pr�ximo ano com 2 bilh�es de doses que tenham sido aprovadas pela OMS.

"Com a Covax, nossa aspira��o � poder vacinar at� o final de 2021 os 20% mais vulner�veis da popula��o de cada pa�s participante, independente da faixa de renda", afirma Richard Hatchett, diretor executivo da Cepi.

A OMS alertou que apenas um esforço global coordenado será capaz de eliminar a ameaça do SARS-CoV-2(foto: Reuters)
A OMS alertou que apenas um esfor�o global coordenado ser� capaz de eliminar a amea�a do SARS-CoV-2 (foto: Reuters)

O mecanismo busca distribuir as doses de forma proporcional �s popula��es de cada pa�s, "priorizando inicialmente os profissionais de sa�de e depois ampliando para cobrir 20% da popula��o".

Uma rodada subsequente de doses seria estabelecida "com base nas necessidades do pa�s, vulnerabilidade e amea�a da covid-19", al�m de formar uma "reserva humanit�ria".

Financiamento

A Covax � parte do Access to COVID-19 Tools (ACT) Accelerator, mecanismo que a OMS criou em resposta � pandemia.

Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, diz que, para realmente funcionar, � necess�rio que "todos os pa�ses apoiem" a iniciativa.

Em julho, iniciou-se um processo de consulta aos 165 pa�ses que manifestaram inicialmente a inten��o de participar e que devem apresentar um adiantamento e um compromisso de compra das doses at� o final de agosto, o que os torna participantes da Covax.

Na primeira fase, a Covax afirma exigir US$ 2 bilh�es, dos quais j� arrecadou US$ 600 milh�es (equivalente a R$ 11 bilh�es e R$ 3,3 bilh�es, respectivamente).

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em 13 de agosto que "a Covax j� tem nove vacinas candidatas em seu portf�lio, que est�o em testes de fase 2 ou 3".

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI), diz Tedros, estima que a pandemia custe ao mundo US$ 375 bilh�es e que em dois anos ultrapassar� US$ 12 trilh�es, se n�o for contida.

"� f�cil pensar no Accelerator como uma medida de pesquisa e desenvolvimento, mas � realmente o melhor est�mulo econ�mico em que o mundo pode investir", afirma. "Quanto mais cedo conseguirmos deter a pandemia, mais cedo poderemos garantir que setores interconectados internacionalmente, como viagens, com�rcio e turismo, possam realmente se recuperar. H� esperan�a."


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