O ministro da Sa�de, o general Eduardo Pazuello, confirmou na segunda-feira (15/3) que pode deixar o comando da pasta em breve.
"O presidente est� pensando, sim, em substitui��o e avaliando nomes", afirmou Pazuello em entrevista coletiva.
Ele esclareceu que Jair Bolsonaro (sem partido) est� promovendo uma "reorganiza��o" do minist�rio. "Enquanto isso n�o for definido, a vida segue normal. N�o vamos parar nem um minuto", disse o general de tr�s estrelas.
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Nos �ltimos dias, vem crescendo a especula��o em torno de uma poss�vel troca no cargo. No domingo, foi noticiado que Bolsonaro havia decidido mudar seu ministro da Sa�de pela quarta vez desde o in�cio da pandemia.
Pazuello assumiu a pasta interinamente em maio do ano passado e foi confirmado no cargo em setembro. Ele � um militar da ativa e comandava ent�o a 12� Regi�o Militar da Amaz�nia, em Manaus (AM).
O general assumiu ap�s o oncologista Nelson Teich deixar o cargo, por diverg�ncias com o presidente sobre as medidas de combate � pandemia.
O mesmo motivo provocou a sa�da do ortopedista e ex-deputado federal Henrique Mandetta (MDB-MS) antes de Teich.
Entre domingo e segunda, Bolsonaro se encontrou com uma poss�vel substituta de Pazuello, a cardiologista Ludhmila Hajjar.
O pr�prio general disse ter participado da reuni�o com a m�dica, que tratou de Pazuello quando ele teve covid-19 e teria sido indicada por ele.
Mas Hajjar j� disse que n�o assumir�, porque n�o houve "converg�ncia t�cnica" com Bolsonaro ela j� se manifestou contra a cloroquina e a favor do isolamento social, posi��es opostas �s do presidente.
Com isso, especula-se na imprensa que os cardiologistas Marcelo Queiroga e Jos� Antonio Franchini Ramires e o deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ) sejam agora os mais cotados para o cargo.
'N�o pedi pra sair'
Seja que for que o substitua, Pazuello deixou claro que isso n�o vai acontecer por quest�o de sa�de, como chegou a ser especulado, ou por vontade pr�pria.
"N�o estou doente. N�o pedi para sair", afirmou o ministro. "Pedir para ir embora n�o � da minha caracter�stica. Isso n�o � uma brincadeira, isso � s�rio. N�o pedi nem vou pedir (para ir embora)."
Tamb�m garantiu que, se isso ocorrer, n�o haver� um preju�zo �s atividades do minist�rio.
"� continuidade, n�o h� rompimento. Voc�s est�o acostumados com pol�tico largar a caneta e ir embora, n�s n�o somos assim, faremos uma transi��o correta", afirmou.
Durante a coletiva, Pazuello defendeu sua gest�o no minist�rio, dizendo que, ao assumir, fez reestrutura��es internas para obter resultados mais r�pido e conferiu transpar�ncia a todas as medidas tomadas.
Tamb�m afirmou que perseguiu quatro estrat�gias principais refor�o � aten��o prim�ria de sa�de, abertura de leitos, a vacina��o em massa e o fortalecimento da testagem embora sua atua��o � frente da pasta seja muito criticada nestes mesmos pontos.
O ministro tamb�m fez uma longa apresenta��o das vacinas compradas at� agora, o que j� foi entregue e o calend�rio previsto at� o final do ano.
Mas negou que a coletiva tivesse sido convocada para fazer um apanhado de tudo que ele havia realizado � frente da pasta.
"Isso aqui � uma coletiva planejada, (para) colocar todos a par do que estamos fazendo. Eu s� mantive o que estava planejado", afirmou o general.
Pazuello refor�ou ainda que se ele ser� trocado ou n�o � algo que cabe a Bolsonaro decidir.
"O cargo � do presidente da Rep�blica. Existe essa possibilidade desde o dia em que entrei", disse.
Mas a aparente indefini��o sobre seu futuro fez o ministro se atrapalhar com as palavras durante suas considera��es finais na coletiva.
"Tenho muito orgulho de estar na fun��o de ter estado e estar nesta fun��o", disse Pazuello, para em seguida emendar que n�o estava se despedindo.
"Quando tiver que me despedir, me despedirei oficialmente. Espero ter sido claro sobre este assunto."
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