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Estado de Minas

CPI da Covid: quem � quem na comiss�o que investiga a��es e omiss�es do governo Bolsonaro

Comiss�o de Inqu�rito no Senado chega nesta quarta-feira (19/5) � sua 10� reuni�o, com presen�a do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Sa�de. Governo n�o conseguiu maioria entre os 11 senadores que comp�em a CPI.


19/05/2021 13:45

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AM); eles têm papéis de destaque na comissão(foto: Agência Senado)
Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AM); eles t�m pap�is de destaque na comiss�o (foto: Ag�ncia Senado)

A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que investiga a��es e omiss�es no combate � pandemia pelo poder p�blico chega nesta quarta-feira (19/5) � sua d�cima reuni�o, desta vez com a presen�a do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Sa�de por dez meses no governo de Jair Bolsonaro.

Apesar de precisar comparecer � oitiva, Pazuello conseguiu o direito de ficar em sil�ncio se quiser, ap�s um pedido de habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

A primeira reuni�o da CPI ocorreu em 27 de abril, quando ela foi instalada e teve seus membros escolhidos.

Desde ent�o, j� deram depoimento aos senadores os ex-ministros da Sa�de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich; o atual ministro Marcelo Queiroga; o presidente da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Antonio Barra Torres; o ex-secret�rio de Comunica��o da Presid�ncia Fabio Wajngarten; o gerente da Pfizer na Am�rica Latina, Carlos Murillo; e o ex-ministro de Rela��es Exteriores Ernesto Ara�jo.

A abertura da investiga��o foi determinada no in�cio de abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ap�s senadores apresentarem mandado de seguran�a � Corte em que argumentavam que a presid�ncia da Casa vinha ignorando o requerimento para instala��o da CPI, mesmo com os requisitos formais sendo atendidos.

Uma vez instalada, seus componentes foram eleitos. O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi escolhido como presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como vice e Renan Calheiros (MDB-AM) como relator.

CPI da Pandemia deve se estender pelos próximos 90 dias(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
CPI da Pandemia deve se estender pelos pr�ximos 90 dias (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

Ainda que os rumos e os resultados concretos das CPIs sejam imprevis�veis, h� expectativa de que a investiga��o, que se estender� por 90 dias, se debruce sobre uma s�rie de quest�es sobre a conduta do governo federal no contexto da crise sanit�ria.

Se o governo foi omisso ou n�o na aquisi��o de vacinas, por exemplo, ou se colocou a popula��o em risco ao estimular o uso de medicamentos sem efic�cia comprovada contra a doen�a, como a cloroquina.

O governo reagiu defendendo a amplia��o do escopo da investiga��o, para al�m das a��es do governo federal. Assim, ap�s requerimento feito pelo senador Eduardo Gir�o (Pode-CE), tamb�m ser�o discutidos os repasses federais a Estados e munic�pios.

Bolsonaro conta com uma base pequena para defender suas posi��es na comiss�o. Entre os 11 membros, apenas 4 s�o governistas ou pr�ximos ao Pal�cio do Planalto: Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Gir�o (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rog�rio (DEM-RO).

Com isso, Bolsonaro n�o conseguiu emplacar aliados em nenhum dos tr�s principais cargos da CPI.

Al�m dos membros fixos da comiss�o, outros senadores podem participar tamb�m das reuni�es e oitivas, como fez nesta ter�a (18/5) a senadora K�tia Abreu (PP-TO). Ela � presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores (CRE) da Casa e participou de reuni�o com depoimento do ex-chanceler Ernesto Ara�jo.

Conhe�a, a seguir, o perfil de cada um dos membros titulares.

Omar Aziz (PSD-AM) - Presidente

Aziz foi escolhido presidente da CPI(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Aziz foi escolhido presidente da CPI (foto: Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)

O senador pelo Amazonas recebeu 8 dos 11 votos dos integrantes da comiss�o e foi eleito seu presidente. Ele j� afirmou que um dos objetivos da CPI n�o � buscar "vingan�a" ou "condenar pessoas antecipadamente".

"N�s temos � que investigar os fatos: por que n�o houve oxig�nio para o povo do Amazonas? Por que n�o fizemos acordos e cons�rcios pra comprar vacina?", disse � Globonews.

Na mesma entrevista, o senador chegou a mencionar que perdeu o irm�o recentemente para a covid-19 e disse que n�o culpava "ningu�m" pelo ocorrido.

"N�o posso dizer que o presidente ou o governador foram respons�veis. Eu quero � que mais vidas sejam salvas", acrescentou, referindo-se ao que acredita ser um dos objetivos da comiss�o, o estabelecimento de um protocolo �nico para enfrentamento da pandemia no pa�s.

Em entrevista � BBC News Brasil, ele afirmou: 'Muito mal explicado por que n�o compramos as 70 milh�es de doses da Pfizer'.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - Vice-presidente

Rodrigues defende que CPI tenha foco no governo federal(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Rodrigues defende que CPI tenha foco no governo federal (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

O senador foi escolhido vice-presidente da CPI, com sete votos e quatro absten��es. Rodrigues � o autor da requisi��o que instaurou a CPI e n�o poupa cr�ticas ao enfrentamento da pandemia pelo governo federal.

Em conversa por telefone com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) no in�cio de abril, cuja grava��o foi divulgada posteriormente pelo parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro se referiu a Rodrigues com palavras de baixo cal�o, dizendo que teria de "sair na porrada" com ele.

Em entrevista � BBC News Brasil, Randolfe antecipou algumas das quest�es que devem ser investigadas pela comiss�o: "O governo rejeitou ou n�o a oferta de 70 milh�es de doses da Pfizer no ano passado? O governo se omitiu ou n�o no Cons�rcio Covax Facility, liderado pela OMS? O governo fez ou n�o campanha contra a Coronavac, que hoje responde pela maioria das doses? E, com isso, interferiu ou n�o para o atraso da vacina��o?"

Renan Calheiros (MDB-AL) - Relator

Renan vem criticando a atuação do governo federal na pandemia(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Renan vem criticando a atua��o do governo federal na pandemia (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

A possibilidade de Renan Calheiros ser indicado � relatoria da CPI chegou a ser vetada por uma decis�o judicial de primeira inst�ncia, em a��o movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), mas foi anulada em segunda inst�ncia.

Mesmo antes disso, o pr�prio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RO) havia dito que n�o sabia uma interfer�ncia do Judici�rio nessa quest�o.

O argumento de bolsonaristas � que h� um conflito de interesse porque o senador � pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), que tamb�m ser� alvo da investiga��o.

Calheiros acabou sendo nomeado mesmo assim pelo presidente da CPI como seu relator. Ele � cr�tico recorrente de Bolsonaro.

Chamou o presidente de "charlat�o" recentemente por ter "prescrito" rem�dios sem efic�cia comprovada contra o novo coronav�rus. Apesar dos coment�rios, o parlamentar tem repetido que a comiss�o ter� atua��o "isenta" e "t�cnica".

Em entrevista � BBC News Brasil, o senador afirmou: "A primeira resposta (a ser dada pela CPI) � se houve materializa��o da tese da imuniza��o de rebanho. A CPI vai dizer se houve a��o ou omiss�o do governo e se isso pode ter agravado as circunst�ncias. Em outras palavras: se o governo tivesse acertado a m�o, quantas vidas poderiam ter sido salvas no Brasil?",

Ciro Nogueira (PP-PI)

Nogueira diz ser importante investigar também Estados e municípios(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Nogueira diz ser importante investigar tamb�m Estados e munic�pios (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

Um dos principais l�deres do Centr�o e aliado do governo, o presidente do Progressistas tem repetido em entrevistas que a CPI foi instalada no momento errado, diante do recrudescimento da pandemia, e que foi criada com o �nico objetivo de atacar o governo federal.

� r�dio Jovem Pan o parlamentar disse que mais importante do que investigar a Uni�o � apurar os desvios de recursos p�blicos entre os "bilh�es" transferidos a Estados e munic�pios para o combate � pandemia.

A afirma��o faz coro � estrat�gia do Planalto de tentar tirar o foco do governo federal e antecipa a queda de bra�o que se desenha entre governistas e oposi��o.

Na vis�o de cr�ticos, o escopo demasiadamente amplo com a inclus�o dos demais entes da federa��o pode acabar inviabilizando a investiga��o na pr�tica, dada a grande quantidade de temas tratados.

Eduardo Braga (MDB-AM)

Braga governou o Amazonas por dois mandatos e foi Ministro de Minas e Energia de Dilma Rousseff(foto: ABR)
Braga governou o Amazonas por dois mandatos e foi Ministro de Minas e Energia de Dilma Rousseff (foto: ABR)

O atual l�der do MDB no Senado chegou a rebater em uma audi�ncia na Casa em fevereiro afirma��es dadas pelo ent�o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, de que a pasta n�o teria sido avisada sobre o colapso no fornecimento de oxig�nio � rede de sa�de de Manaus.

"Eu estive com Vossa Excel�ncia, no seu gabinete, em dezembro. Eu j� dizia que n�s ir�amos enfrentar uma onda no Amazonas muito grave. Sugeri, inclusive, que assumisse uma unidade hospitalar no Amazonas, diante da comprova��o da inefici�ncia do governo do meu Estado. Eu dizia a Vossa Excel�ncia que, se n�o tomasse provid�ncias para assumir a execu��o, n�o seria executado. Isso n�s j� sab�amos quando da primeira onda", afirmou.

A crise na capital manauara, marcada pela falta de oxig�nio nas unidades de sa�de, � mencionada no pedido de abertura da CPI e deve ser um dos temas abordados pela investiga��o.

Braga governou o Amazonas por dois mandatos, entre 2003 e 2010, e foi ministro de Minas e Energia entre 2015 e 2016, na gest�o Dilma Rousseff (PT).

Eduardo Gir�o (Podemos-CE)

Girão não conseguiu se eleger presidente da CPI(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Gir�o n�o conseguiu se eleger presidente da CPI (foto: Edilson Rodrigues/Ag�ncia Senado)

O senador � autor do requerimento para ampliar o objeto de investiga��o da comiss�o e incluir a utiliza��o dos recursos dos repasses federais a Estados e munic�pios no contexto da pandemia.

Apesar de reverberar a estrat�gia defendida pelo Planalto, o parlamentar se declara independente, argumento que usou para defender sua candidatura � presid�ncia da CPI, sem sucesso.

Junto a Kajuru e Alessandro Vieira, o parlamentar entregou em mar�o ao presidente do Senado um pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e, nos �ltimos dias, tem se manifestado pedindo a aprecia��o da peti��o.

"Esperamos que, com a mobiliza��o crescente e pac�fica dos cidad�os de bem, a Casa Revisora da Rep�blica n�o engavete monocraticamente o pedido como tantos outros em gest�es de ex-presidentes da institui��o", afirmou em um post no Facebook de 17 de abril.

A demanda vai ao encontro de um dos trechos da grava��o da conversa telef�nica entre Bolsonaro e Kajuru divulgada pelo senador, em que o presidente da Rep�blica afirma que v� na situa��o colocada pela CPI uma oportunidade de "fazer do lim�o uma limonada" e peticionar o Supremo para pautar os pedidos de impeachment contra os ministros da corte.

A manifesta��o de Bolsonaro na ocasi�o foi interpretada por cr�ticos como mais um esfor�o para desviar o foco do governo federal no �mbito da investiga��o, alimentando a tens�o entre os poderes.

Humberto Costa (PT-PE)

Costa é um dos parlamentares de oposição na comissão(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Costa � um dos parlamentares de oposi��o na comiss�o (foto: Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)

Ex-ministro da Sa�de no primeiro governo Lula, o senador petista faz duras cr�ticas � condu��o da pandemia pelo governo federal e j� chegou a acusar o presidente Jair Bolsonaro de cometer crime de responsabilidade.

Tamb�m est� entre os parlamentares que defendem a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro no Congresso.

Em entrevista � R�dio Senado, Costa afirmou acreditar que a CPI poderia ser uma forma de pressionar o governo federal "a fazer a coisa certa" no enfrentamento � crise sanit�ria.

Jorginho Mello (PL-SC)

Mello é um dos aliados do presidente na comissão(foto: Reprodução/Facebook)
Mello � um dos aliados do presidente na comiss�o (foto: Reprodu��o/Facebook)

O parlamentar tamb�m � integrante do chamado Centr�o, filiado ao Partido Liberal. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, tem se aproximado de Bolsonaro e j� chegou a convidar o presidente a se filiar � legenda.

No �ltimo m�s de outubro, Mello se tornou um dos vice-l�deres do governo no Congresso.

Esteve com o presidente na visita a Chapec� (SC) no in�cio de abril, quando Bolsonaro voltou a criticar as medidas de restri��o adotadas por governadores e prefeitos para tentar conter o avan�o do cont�gio da covid-19 e defendeu novamente tratamentos sem efic�cia contra a doen�a.

Em seu perfil no Twitter, o senador afirmou que seu nome como membro da CPI da Pandemia "foi escolhido pelo bloco de partidos aliados ao presidente".

Marcos Rog�rio (DEM-RO)

Marcos Rogério é vice-líder do governo no Congresso(foto: Reprodução/Facebook)
Marcos Rog�rio � vice-l�der do governo no Congresso (foto: Reprodu��o/Facebook)

O senador por Rond�nia � vice-l�der do governo Bolsonaro no Senado. Foi um dos parlamentares que defenderam, no in�cio de abril, a manuten��o do funcionamento de igrejas e templos religiosos apesar das restri��es impostas pelos lockdowns parciais que tentavam frear o aumento de casos de covid-19 em diversas cidades.

O assunto foi parar no STF, que reconheceu o direito de Estados e munic�pios de proibir temporariamente missas e cultos presenciais no esfor�o para diminuir o cont�gio pela doen�a.

Em um v�deo veiculado no YouTube do Senado ap�s a vota��o, o parlamentar criticou o voto do ministro Gilmar Mendes e disse que "n�o cabe ao Supremo mandar ou autorizar que fechem as igrejas".

Otto Alencar (PSD-BA)

Alencar diz que Pazuello foi 'instrumento' de Bolsonaro(foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Alencar diz que Pazuello foi 'instrumento' de Bolsonaro (foto: Waldemir Barreto/Ag�ncia Senado)

O l�der do PSD no Senado � m�dico e foi secret�rio de Sa�de da Bahia no in�cio dos anos 1990.

Em entrevistas, tem criticado diversos pontos da condu��o da pandemia pelo governo federal, como a promo��o da hidroxicloroquina (medicamento sem evid�ncias de efic�cia, mas que pode causar efeitos colaterais graves) como suposto tratamento precoce e a morosidade na assinatura de protocolos para compra de vacinas.

O parlamentar tamb�m tem feito cr�ticas diretas a Bolsonaro. � r�dio CBN afirmou recentemente que o presidente seria o respons�vel pelos erros na gest�o da pandemia e que Pazuello teria sido apenas seu "instrumento".

"N�s tamb�m temos que investigar o procedimento que foi estabelecido pelo presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, para que o ent�o ministro Pazuello seguisse exatamente as suas recomenda��es. Porque, na verdade, o Pazuello foi s� um instrumento do presidente da Rep�blica, ele seguiu exatamente o que o presidente estabelecia como norma e protocolo para a a��o do Minist�rio da Sa�de no combate � covid", declarou.

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Tasso já afirmou que o governo federal tem responsabilidade pela crise(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Tasso j� afirmou que o governo federal tem responsabilidade pela crise (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

Em entrevista � Folha de S.Paulo no �ltimo dia 16 de abril, o tucano disse achar "dif�cil" que eventuais erros e omiss�es no combate � pandemia identificados pela CPI sejam completamente apartados do presidente Jair Bolsonaro.

Ao ponderar que "s� juristas" poder�o responder essa quest�o, o senador relembrou a teoria do dom�nio do fato, utilizada no julgamento do esquema do Mensal�o, que expressa que gestores p�blicos deveriam responder at� mesmo pelos crimes n�o cometidos de forma direta, caso tivessem conhecimento e controle da situa��o.

Nesse sentido, Tasso afirmou ainda n�o haver "d�vida nenhuma que um dos principais culpados pela situa��o a que n�s chegamos � o governo federal".

Ex-governador do Cear�, o tucano � um dos que defende uma "frente ampla" para se contrapor a Bolsonaro nas elei��es de 2022.


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