
Um comunicado citou a "deteriora��o da situa��o" no leste da Ucr�nia como uma das raz�es para manter cerca de 30 mil soldados russos em Belarus.
A medida aumentou os temores de que a R�ssia planeje uma invas�o da Ucr�nia, que divide uma longa fronteira com a Bielorr�ssia.
L�deres ocidentais acusaram Moscou de buscar um pretexto para enviar tropas.
A R�ssia negou que planeja invadir seu vizinho.
O secret�rio de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a extens�o dos exerc�cios militares mostra que o mundo est� � beira da guerra.
A correspondente da BBC na Europa Oriental, Sarah Rainsford, disse que o an�ncio — feito pelo Minist�rio da Defesa da Bielorr�ssia — � outro forte sinal de que a R�ssia n�o est� preparada para recuar em seu impasse com os pa�ses ocidentais sobre a Ucr�nia.
As tens�es no leste da Ucr�nia foram discutidas pelo presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, e por Putin em um telefonema neste domingo. O presidente russo culpou os militares ucranianos pela escalada das tens�es no Donbas.
A Fran�a disse que a dupla concordou em trabalhar por um cessar-fogo na linha de contato no leste da Ucr�nia.
Houve mais explos�es na zona de conflito do leste da Ucr�nia durante a noite e no domingo.
Detona��es podiam ser ouvidas da cidade de Donetsk, controlada pelos separatistas, enquanto ambos os lados disseram estarem sob forte fogo de artilharia.
Enquanto as explos�es aconteciam em Donetsk na manh� de domingo, rebeldes apoiados pela R�ssia em Luhansk acusaram as for�as do governo de cruzar a linha de frente para lan�ar um ataque que matou dois civis. Nenhuma prova foi dada para a alega��o, mas investigadores russos abriram um inqu�rito.
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Os rebeldes e as for�as do governo trocaram acusa��es de viola��o do cessar-fogo dezenas de vezes neste domingo.
Dois soldados ucranianos foram mortos no s�bado (19/2), quando observadores internacionais relataram que as viola��es do cessar-fogo aumentaram dramaticamente nesta semana.
Milhares de civis est�o sendo evacuados dos territ�rios separatistas para a R�ssia enquanto homens em idade de combate foram convocados a lutar.
A embaixada do Brasil em Kiev emitiu um aviso pedindo a cidad�os brasileiros que deixem as regi�es separatistas de Donetsk e Luhansk "sem demora".
Segundo a representa��o diplom�tica, a orienta��o tem como base o "contexto do aumento das viola��es de cessar-fogo registradas na linha de contato no leste da Ucr�nia".
Outros 35 pa�ses tamb�m pediram que seus cidad�os deixem o territ�rio ucraniano diante da escalada das tens�es na regi�o e da possibilidade de confronto armado.
Falando enquanto se preparava para deixar Donetsk para a R�ssia de �nibus com sua filha de quatro anos, uma mulher que se identificou como Tatyana disse � ag�ncia de not�cias Reuters: "� realmente assustador. Levei tudo o que pude carregar".
A R�ssia reuniu at� 190 mil soldados, incluindo for�as separatistas nas regi�es de Donetsk e Luhansk, segundo estimativas dos EUA.
Enquanto isso, l�deres ocidentais est�o preparando san��es contra a R�ssia em caso de invas�o.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse, em entrevista � BBC, que as san��es ser�o "muito, muito duras".
Segundo o premi�, evid�ncias indicam que Moscou est� planejando "a maior guerra na Europa desde 1945".
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a Uni�o Europeia est� pronta para impor san��es massivas ao Kremlin — at� mesmo prejudicando sua pr�pria economia, se necess�rio — para enfrentar a agress�o militar russa.
Mas o presidente da Ucr�nia, Volodymr Zelensky, acusou os l�deres ocidentais de uma "pol�tica de apaziguamento" em rela��o a Moscou e exigiu garantias de seguran�a para a Ucr�nia, que oficialmente aspira a se juntar � Otan (Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte, uma alian�a militar ocidental) e � UE.
Putin tem exigido garantias de que a Otan n�o admitir� a Ucr�nia, um ex-estado sovi�tico com la�os estreitos com a R�ssia, enquanto a alian�a ocidental nega que a ades�o represente qualquer amea�a a Moscou.
H� temores de que uma interven��o militar russa possa iniciar uma guerra ainda mais sangrenta do que o conflito no leste da Ucr�nia, que custou pelo menos 14 mil vidas.
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