
'N�O SE PREOCUPEM, A INTERVEN��O MILITAR J� EST� ACONTECENDO, TODOS CORRUPTOS, LADR�ES, LESA P�TRIA J� EST�O SENDO PRESOS, O EX�RCITO EST� AOS MILHARES NAS CIDADES, NAS FRONTEIRAS, O BRASIL EST� CERCADO PELAS FOR�AS ARMADAS', diz o trecho de uma das publica��es compartilhadas no Facebook e no Twitter junto a uma foto do suposto decreto.
O conte�do, que tamb�m circula em v�deo, foi encaminhado ao WhatsApp do AFP Checamos, para onde os usu�rios podem enviar conte�dos vistos em redes sociais, se duvidarem de sua veracidade.
Mas, apesar do que indicam as publica��es, n�o � atribui��o do STM decidir sobre quest�es eleitorais. Na verdade, � a Justi�a Eleitoral, que tem como �rg�o m�ximo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que organiza, fiscaliza e apura as elei��es que ocorrem no pa�s.
Ao STM cabe somente 'processar e julgar os crimes militares previstos no C�digo Penal Militar brasileiro'.
Uma busca por 'decreto 9.735/22' no site do STM n�o levou a qualquer documento. Uma pesquisa utilizando os mesmos termos no Google resultou somente em desmentidos, sem que tenha sido encontrada qualquer not�cia sobre a suposta decis�o.
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Tampouco h� qualquer declara��o sobre ilegalidade das elei��es de 2022 em publica��es recentes nas redes sociais do STM (1, 2).
Al�m disso, o documento cuja foto � compartilhada nas redes aparece assinado pelo 'presidente' do STM, o general Luis Gomes Mattos. Entretanto, Mattos deixou o tribunal e o servi�o ativo das For�as Armadas ao se aposentar em julho de 2022, quando completou 75 anos.
Em seu �ltimo dia � frente do STM, Mattos afirmou que a condu��o das elei��es � de responsabilidade da Justi�a Eleitoral, e n�o das For�as Armadas.
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N�o foi encontrado qualquer conte�do relacionado �s elei��es no perfil do general no Twitter.
Outro aspecto que chama a aten��o � a quantidade de erros de portugu�s no suposto documento. Al�m da aus�ncia de v�rgulas em alguns trechos em que deveriam aparecer, � poss�vel observar grafias incorretas, como 'eleitorias' e 'lizura'.
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Procurada pela AFP, a assessoria de comunica��o do STM afirmou que o documento que circula nas redes '� falso' e que o tribunal n�o se manifestou sobre o resultado eleitoral.
Esse conte�do tamb�m foi verificado por Boatos.org, Ag�ncia Lupa e Uol Confere.