
Nos est�dios de Rinara, nos bairros Cai�ara, Regi�o Noroeste de BH, e S�o Bento, na Centro-Sul, mais de 150 alunas disputam um dos hor�rios dos turnos da manh�, tarde e noite, com aulas de 60 minutos cada, de segunda-feira a s�bado. Para qu�? Elas querem aprender a pole dance, ou seja, ganhar for�a, resist�ncia aer�bica, flexibilidade, t�nus muscular e tamb�m sensualidade ao descer e subir de um poste fixo no ch�o e no teto por parafusos. Sempre ao som de m�sicas que podem elevar os term�metros internos, como a da cantora norte-americana Ciara, com seu �ltimo sucesso, Goddies. Professora de educa��o f�sica, Rinara foi por muito tempo personal trainer, at� que viu um v�deo de um campeonato de pole dance no YouTube. “Fiquei louca, sa� correndo para comprar uma barra e comecei a treinar sozinha, mas tinha medo de cair”.
Em outro v�deo na internet, Rinara ficou sabendo de um curso na Argentina e passou alguns dias naquele pa�s em treinamento. Voltou com tudo e h� um ano conquistou o respeito e admira��o de suas alunas. Com uma saia curt�ssima de babados de renda, sapatilhas e meias de bailarina, ela ensina alguns dos mais de 500 movimentos da pole dance. O piercing no umbigo, al�m de uma maquiagem benfeita, revelam que para pole dance tem que estar arrumad�ssima e at� colocar o salto alto se a professora tiver planos de aula mais puxados e as alunas tiverem inten��es mais apimentadas, como, por exemplo, surpreender o companheiro no Dia dos Namorados, que se aproxima.
Por sua vez, Renata Dietze, professora de dan�a do ventre h� 17 anos, sabe como as artes sensuais podem recuperar a autoestima de qualquer mulher. Com dois filhos, se sentindo “um patinho feio” depois de uma separa��o traum�tica, ela desenvolveu t�cnicas de dan�as sensuais. “Nas aulas de dan�a do ventre, as alunas me pediam coreografias para apresentar aos companheiros”. Enquanto desenvolvia e dan�ava as coreografias, ela conseguiu elevar a pr�pria autoestima e a das alunas e desenvolveu um mix que inclui dan�a na cadeira, no ch�o e como tirar cada pe�a de roupa durante um striptease. “O sucesso foi tanto que hoje tenho mais alunas de artes sensuais do que nas outras modalidades”.
Renata assegura inclusive que hoje as mulheres querem dan�ar muito mais para si mesmas do que para o outro, “um jeito de buscar o autoconhecimento e o feminino, soterrado entre tanta competi��o e tarefas a cumprir”. Para isso, ela cria coreografias com temas espec�ficos e tamb�m usa acess�rios para liberar as fantasias, como v�us nas dan�as �rabes e leques para as espanholas, entre outros adere�os que criam o clima ideal para o romance.