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Estado de Minas

Arquidiocese acusa diplomata portugu�s de golpe no RS


postado em 29/03/2011 18:37 / atualizado em 29/03/2011 20:45

(foto: Ricardo André Frantz / Wikimedia)
(foto: Ricardo Andr� Frantz / Wikimedia)

O vice-c�nsul de Portugal em Porto Alegre (RS), Adelino D'Assun��o Nobre de Melo Vera Cruz Pinto, est� sendo responsabilizado em um suposto golpe contra a arquidiocese da capital ga�cha. O caso, que envolve um dep�sito de R$ 2,5 milh�es na conta do diplomata, � investigado pela Pol�cia Civil como estelionato.

Pinto seria o respons�vel por intermediar a negocia��o de um investimento de R$ 12 milh�es, feito por uma organiza��o n�o-governamental (ONG) belga, para a restaura��o das igrejas Nossa Senhora da Concei��o, em Porto Alegre, e Bom Senhor, em Triunfo.

Representantes da arquidiocese contataram o consulado portugu�s em Porto Alegre no in�cio de 2010. Pinto confirmou que auxiliaria na obten��o dos recursos pelo Projeto de Restaura��o do Patrim�nio de Origem Portuguesa. O vice-c�nsul teria, inclusive, levado documentos a Portugal e confirmado que a ONG repassaria 70% do valor das obras � arquidiocese.

O dep�sito

Em dezembro do ano passado, tr�s p�rocos de Porto Alegre se encontraram em Portugal com representantes da ONG belga, que teria confirmado o investimento para as reformas. No entanto, seria necess�rio uma contrapartida da arquidiocese: um dep�sito de R$ 2,528 milh�es para a organiza��o.

O dep�sito foi feito na conta do vice-c�nsul como um aporte para garantir o repasse. O combinado era que o dinheiro n�o seria mexido e voltaria � arquidiocese ap�s o recebimento da doa��o. No entanto, segundo o respons�vel pela comunica��o social da arquidiocese, padre C�sar Leandro Padilha, o vice-c�nsul sacou esse dinheiro, dizendo que era preciso para "adiantar passos do processo". O prazo para receber a doa��o, dia 31 de janeiro, expirou. Agora, Pinto garante que o aporte feito pela arquidiocese ser� devolvido at� o dia 11 de abril.

"A minha parte era descobrir a materialidade, a prova e a autoria, o que j� tenho o suficiente para encaminhar o inqu�rito", explicou o delegado Paulo C�sar Jardim.

Imunidade diplom�tica

A pol�cia n�o pode ouvir Pinto, por este estar salvaguardado pela imunidade diplom�tica. Dessa maneira, o Minist�rio de Rela��es Exteriores ser� comunicado pelo delegado Jardim para tomar as medidas necess�rias junto ao governo portugu�s. O objetivo � colher um depoimento do diplomata.

Contatado pela reportagem, o vice-c�nsul, maior autoridade diplom�tica portuguesa no Rio Grande do Sul, admite que o dinheiro foi depositado em sua conta, que repassou, de fato, � ONG e que, inclusive, a organiza��o j� enviou parte da verba � arquidiocese. "Para mim � incompreens�vel a atitude do padre Ledur, que todos sabem, � um homem de neg�cios", afirmou Pinto, referindo-se ao p�roco da Igreja Nossa Senhora da Concei��o, Lu�s In�cio Ledur. O diplomata teria liga��o pr�xima com o padre, com quem chegou a morar na C�ria Metropolitana por tr�s meses, durante reforma em seu apartamento.


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