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Estado de Minas

Pais demonstram dor e revolta pela morte dos filhos em escola de Realengo


postado em 07/04/2011 22:11 / atualizado em 07/04/2011 22:16

Julio Cesar de Oliveira, pai de Karine Loraine Chagas de Oliveira, de 14 anos, aluna morta no massacre, reconhece o corpo da filha no IML(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Julio Cesar de Oliveira, pai de Karine Loraine Chagas de Oliveira, de 14 anos, aluna morta no massacre, reconhece o corpo da filha no IML (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

 

A menina Karine Lorraine Chagas de Oliveira, de 14 anos, realizava seu sonho h� tr�s semanas, quando come�ou a praticar atletismo em um quartel da Pol�cia Militar. A vontade de participar de uma Olimp�ada levou a menina a se preocupar com os hor�rios e a alimenta��o. Nesta quinta-feira cedo, antes de ir para a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, comeu uma banana e pediu a ben��o da av�, com quem morava desde os quatro anos de idade.

"Deus se esqueceu dela ou essa � a nossa triste realidade?", questionava-se a vendedora de lanches Nilza da Cruz Ferreira, de 63 anos, sem conseguir conter as l�grimas. "Aquele rapaz levou minha vida", repetia.

Boa aluna, Karine cursava o 8º ano do ensino fundamental e gostava de sentar sempre � frente da sala. Ela foi atingida na cabe�a. "A crian�a sai para ir � escola e acaba morta com um tiro na testa. A gente n�o consegue acreditar no que aconteceu e fica imaginando o susto, o desespero dela tentando escapar daquele perturbado, como as outras crian�as", lamentou a tia Daniele Martins de Jesus, de 29 anos.

A adolescente Laryssa Silva Martins, de 14 anos, j� estava morta dentro da sala quando uma coleguinha avisou ao pai da menina pelo celular. Cl�vis Martins, em desespero, foi at� a escola e chegou a pegar a filha nos bra�os. "Ele viu que n�o tinha mais o que fazer. Laryssa foi socorrida por uma Kombi, mas j� estava sem vida. Nossa fam�lia est� desestruturada", afirmou o tio dela, Gerson da Silva Guilherme, de 47. Arrasado, Cl�vis n�o conseguia esconder sua dor, na porta do Instituto M�dico Legal (IML). "Meu anjinho de candura foi embora".

Her�i

Uma equipe de policiais do Batalh�o de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) fazia uma blitz a dois quarteir�es da escola, quando foram acionados. Dois deles chegaram a p� e entraram, atr�s do atirador, que j� subia as escadas para o segundo andar. Ao ver Wellington atirando contra crian�as, o sargento M�rcio Alexandre Alves, de 38 anos, fez um disparo certeiro na barriga do assassino, que se matou.

"Tenho um filho dessa idade e estou muito triste com o que aconteceu, mas a sensa��o � de dever cumprido porque ele poderia ter matado outras crian�as", disse o policial, que tem 18 anos de corpora��o.


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