Parentes dos 58 brasileiros que morreram no acidente com o avi�o da Air France, em junho de 2009, querem que o governo acompanhe de perto o resgate dos corpos das v�timas e dos destro�os do Airbus A330. Eles tamb�m querem que a Aeron�utica, por meio do Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa), ajude o Minist�rio P�blico Federal a investigar as causas do acidente com o voo 447. O avi�o caiu no Oceano Atl�ntico com 228 pessoas a bordo.
Nesta sexta-feira, ao longo do dia, Marinho se reunir� em Bras�lia com um assessor da presidenta Dilma Rousseff, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o chefe do Cenipa, brigadeiro Jos� Pompeu Brasil.
Marinho adiantou � Ag�ncia Brasil que a prioridade da associa��o � convencer Jobim e a presidenta sobre a import�ncia de disponibilizar t�cnicos do Cenipa para ajudar o procurador Anderson Vagner G�is dos Santos, respons�vel pelo inqu�rito criminal que corre na Procuradoria da Rep�blica em Pernambuco, a interpretar as informa��es contidas no relat�rio de cerca de 750 p�ginas, entregue pela associa��o em mar�o deste ano.
“O procurador quer apurar tudo, mas ele chegou a um ponto em que, por falta de conhecimentos espec�ficos, n�o consegue interpretar os documentos que eu mesmo trouxe da Fran�a e que cont�m informa��es fornecidas por sindicatos, pilotos e especialistas. Precisamos do Cenipa, que � o �rg�o competente”, afirmou Marinho, garantindo que os documentos indicam que as aeronaves modelo A330 da Airbus t�m problemas de fabrica��o e que a Air France n�o fazia a adequada manuten��o de sua frota.
A associa��o tamb�m exige que um representante brasileiro acompanhe o resgate dos destro�os e dos corpos na condi��o de observador. “Temos que ter observadores do governo na hora da retiradas dos corpos, dos destro�os e na investiga��o, pois n�o acreditamos que os franceses v�o criar provas contra si mesmos. Pedimos que um representante da associa��o tamb�m esteja presente, mas o BEA resiste a essa ideia”.
Para Marinho, os corpos que eventualmente forem resgatados dos destro�os localizados segunda-feira (4) devem ser levados ao Instituto M�dico Legal (IML) de Recife (PE) e n�o para a Fran�a, como alguns parentes chegaram a comentar em entrevistas a ve�culos de comunica��o. Marinho tamb�m descartou que, mesmo a pedido de parentes, o corpo de alguma das v�timas seja deixado no fundo do mar. “A lei tem que ser cumprida e os corpos resgatados”.
Segundo as autoridades francesas, a opera��o de resgate dos corpos e das partes da fuselagem do Airbus A330, avistadas a uma profundidade de 4 quil�metros, deve come�ar entre tr�s e quatro semanas.